A construção de identidades online por meio do Role Playing Game: relações com o ensino e aprendizagem de matemática em um curso a distância

Abstract

ROSA, M. A construção de identidades online por meio do Role Playing Game: relações com o ensino e aprendizagem de matemática em um curso a distância. 2008. 267 f.

Criação, aplicação e avaliação de aulas com jogos cooperativos do tipo RPG para o ensino de biologia celular

“…A cooperação no aprendizado, através do uso de jogos como o RPG, foi notada como algo de muito positivo em estudos diversos, como no desenvolvimento da leitura e da escrita (Braga, 2000;Pereira, 2008;Santos, 2008), em educação ambiental (Camargo, 2006), no ensino de física (Nascimento-Júnior, 2006), matemática (Rosa, 2008) e no ensino de biologia celular (Cavichia, 2006;Mazzarotto, 2006). Em estudo especificamente voltado para entender o RPG enquanto agente mobilizador da cooperação e da socialização, Costa e colegas (2005) e Martins (2000) propuseram caminhos para a utilização dessa metodologia nas escolas, além de indicá-la como promotora do desenvolvimento de uma série de capacidades humanas.…”

“…Uma das características mais marcantes do jogar é a sensação de envolvimento provocada nos participantes. A aventura que é "sair do mundo real" por vezes permite uma imersão que pode levar a uma elaboração de conhecimentos de forma mais fácil e permanente (Silva, 2008), além de poder ajudar a moldar algumas características de personalidade dos jogadores (Rosa, 2008) ou mesmo trazer alguns aspectos curativos (Hughes, 1998) a partir dessa imersão.…”

Cyberformação e vídeos digitais no ensino de matemática

“…Além disso, todas as atividades propostas para o curso foram elaboradas de maneira que as pessoas estivessem em contato com o ciberespaço e com as TD, pois, estando conectado à internet, assistindo a um vídeo no Youtube de forma intencional, buscando fazer reflexões acerca dos conceitos matemáticos, é possível enxergar a matemática de uma forma diferente daquela que estamos habituados, possibilitando, desse modo, a abertura de novos horizontes de significações. Assim, os conceitos matemáticos podem se desterritorializar (ROSA, 2008), assistindo a um vídeo, e se reterritorializar, na medida que realizamos (e/ou elaboramos) uma atividade em que se é possibilitado um pensar-com-o-vídeo. Por isso, o ato de elaborar atividades e propostas pedagógicas com vídeos digitais envolve um pensar criticamente, discutir e elaborar questões que permitam que a pessoa, ao assistir o vídeo, busque por informações relevantes que possam ser articuladas aos conceitos matemáticos abordados para, assim, produzir sentido e favorecer a constituição de conhecimento.…”

“…A criatividade tecnológica (DANTAS, 2015) evidenciada pelo grupo se mostra a partir da intencionalidade das/dos docentes frente ao vídeo na atividade elaborada, ao criarem algo novo com ele, algo que vai além de reproduções e que busca um ser-com, pensar-com e saberfazer-com-TD (ROSA, 2008).…”

“…Carina, André e Daniel se identificaram com as problemáticas apresentadas nos vídeos, devido ao fato de elas fazerem parte de suas próprias vidas, e isso fez com que pudessem pensar-com-o-vídeo para elaborar uma proposta que fazia sentido para suas práticas e que, consequentemente, poderia fazer sentido para as/os estudantes. Na ocasião, o vídeo possibilitou que o grupo pensasse em uma atividade com característica aberta, que convidasse as/os estudantes a formularem questões e a procurarem explicações, permitindo que elas/eles, ao serem-com-o-vídeo pudessem "vivenciar experiências on-line por meio de imagens e movimentos, podendo transformar os processos educativos matemáticos a partir do ambiente que ele é experienciado (ROSA, 2008) [...] em uma totalidade aberta, que nos permite ir além daquilo que está imediatamente dado" (SEIDEL, 2013, p. 215).…”