indicar os desafios que hojenestes tempos de neoconservadorismo, desigualdades sociais, xenofobia, racismo e temores pelo presente e futuro de nosso paísestão postos para que o Programa possa seguir cumprindo, em um nível de excelência acadêmica, sua função educacional, social e política. O tempo presente e os 25 anos que o antecederam Este último quarto de século foi um tempo de grandes e muito céleres transformações do mundo. Basta que lembremos os movimentos da África do Sul que levaram à democratização daquele país e à libertação de Mandela, o ataque terrorista de 11 de setembro, quando muitos estadunidenses entenderam que "chickens come home to roost", a globalização das mídias sociais, a finalização do Projeto Genoma, que poderá abrir caminho para a cura de doenças geneticamente transmissíveis, os avanços tecnológicos que possibilitaram o advento da Inteligência das Coisas, o Telescópio Espacial Hubble e a Estação Espacial Internacional, que trouxeram mais informações sobre o Universo do que tudo que a humanidade havia acumulado nos 3.000 anos anteriores. No que tange ao Brasil, matérias que circulam na mídia nacional informam que a cultura digital é presença no país. Por exemplo, "quase 140 milhões dos 210 milhões de habitantes do Brasil são usuários de internet (66%)" (PagBRASIL, 2018); e a pesquisa anual sobre o mercado brasileiro de tecnologia da informação, realizada pelo Centro de Tecnologia de Informação Aplicada Fundação Getúlio Vargas prevê que "até o final do ano, haverá em uso no país nada menos que 420 milhões de dispositivos digitais" (TELESINTESE, 2019). Mas concomitantemente a tudo isso, em nosso país, aproximadamente 50 milhões de brasileiros, que corresponde a 25,4% da população, ainda vivem na linha de pobreza (