2018
DOI: 10.1590/18094449201700510003
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Tráfico de mulheres nas portarias das prisões ou dispositivos de segurança e gênero nos processos de produção das “classes perigosas”

Abstract: Resumo Neste artigo, argumento sobre a centralidade das tecnologias de gênero na gestão das entradas e visitas, bem como da vida, nas prisões. Considerando as portarias das penitenciárias uma fronteira, um checkpoint, relaciono os atravessamentos por elas com as historiografias das produções sobre fronteiras nacionais acionadas pela literatura feminista reconhecida como “pós-colonial” e transnacional. A partir dessa relação, o artigo segue num teor anedótico, demonstrando como as potentes críticas feministas a… Show more

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“…Tal concentração não parece ocorrer por acaso, uma vez que as pesquisas no sistema prisional costumam indicar que há um número pequeno -ou até mesmo inexistente -de visitantes em prisões de mulheres (SPAGNA, 2008;BASSANI, 2011;DUARTE, 2013). Em nossas buscas, encontramos apenas duas etnografias com pessoas que realizam visitas em cárcere feminino (PEREIRA, 2016;PADOVANI, 2017). Independentemente do público que a instituição prisional confina, essas pesquisas informam que são as mulheres aquelas que se tornam visitantes.…”
Section: Etnografias Em Prisões: Entre Cenários Inusitados E Atores Pluraisunclassified
“…Tal concentração não parece ocorrer por acaso, uma vez que as pesquisas no sistema prisional costumam indicar que há um número pequeno -ou até mesmo inexistente -de visitantes em prisões de mulheres (SPAGNA, 2008;BASSANI, 2011;DUARTE, 2013). Em nossas buscas, encontramos apenas duas etnografias com pessoas que realizam visitas em cárcere feminino (PEREIRA, 2016;PADOVANI, 2017). Independentemente do público que a instituição prisional confina, essas pesquisas informam que são as mulheres aquelas que se tornam visitantes.…”
Section: Etnografias Em Prisões: Entre Cenários Inusitados E Atores Pluraisunclassified
“…In other moments, I have argued that to relate with prisons is also to produce a relation with processes of crossing frontiers (Padovani, 2017a). The penitentiary institution itself is configured in a frontier that is aligned with territories of cities that are only recognized by those who learn to have intimacy with the plots of the prison apparatuses.…”
Section: Presentationmentioning
confidence: 99%
“…A discussão interessada nas conexões entre o dentro e o fora das prisões, nos processos institucionais e nas dinâmicas políticas e de poder dos coletivos de presos, não pode ser propriamente analisada fora das relações de gênero e sexualidade. Antes, essas são estruturais para a compreensão das dinâmicas de poder que edificam as instituições prisionais (Angela DAVIS, 2020;Natália PADOVANI, 2017a;Natália LAGO;Marcio ZAMBONI, 2017;NASCIMENTO, 2018). Essa literatura é amplamente marcada pela ruptura com a suposição da heterossexualidade da população prisional e tem somado esforços para não apenas visibilizar a presença da população LGBTI+ nos pavilhões de convívio das prisões, como também para complexificar as análises das relações e contextos que implicam jogos de identificação, violação de direitos, acusação e formas de violência específicas a partir de marcadores de gênero e sexualidade.…”
Section: Introductionunclassified