“Não somos um simples conjunto de letrinhas”: disputas internas e (re)arranjos da política “LGBT”

Abstract

ResumoO artigo explora a relação mutuamente constitutiva entre sujeitos e direitos, por meio da análise de alguns dos desafios, disputas e negociações internas à "coletividade LGBT", envolvendo o acionamento de uma multiplicidade de marcadores sociais de diferença. A partir das estratégias políticas dos atores envolvidos nos debates em torno dos "direitos LGBT", investe-se na reflexão sobre processos de criação e recriação de morfologias de Estado, mantendo-se como pano de fundo a questão de como certos "direitos" corporificam certas "identidades" e vice-versa.

Apresentação: Por uma abordagem etnográfica dos “direitos humanos”: conflitos, moralidades e direitos

“…Ainda mais, chancelados com a linguagem dos direitos humanos, esses valores se apresentam, assim, universais e naturais da espécie humana. Condição essa que os antropólogos se preocuparam em reconhecer para todos os povos, em especial incluindo aqueles cuja humanidade, nos séculos XVIII e XIX, ainda era colocada em dúvida por outros atores 2 .…”

Victimización y sobrevivencia de mujeres y hombres considerados homosexuales en el marco del conflicto armado en Colombia*

“…Albarracín y Rincón (2013) plantean otros motivos de esta situación como el miedo o vergüenza de identificarse como LGBT, el poco apoyo que reciben las víctimas por parte de su familia o de su comunidad, la negación a las causas de la victimización y el ocultamiento inadvertido o estratégico de la homofobia como móvil del hecho. Otro elemento que podría sumarse al subregistro son las tensiones y dilemas de los procesos de constitución identitaria respecto a las categorías propuestas por los sistemas de registro del Estado (Aguião, 2016;França, 2017), para este caso respecto a la categoría "víctima LGBT" o de cada una por separado.…”

“…Como lo plantean varias autoras (França, 2017;Aguião, 2016;2017), las categorías inmersas en los marcos gubernamentales instauran unos procesos de producción sobre los sujetos. Por ello, la situación de las "víctimas LGBT" implica nuevos panoramas regulados por lógicas institucionales.…”

O movimento LGBTI no Brasil, reflexões prospectivas

“…O ciclo de governos democráticos que se sucedem entre 1995 e 2016 marcaria o crescente envolvimento do movimento na construção de políticas públicas voltadas à população LGBTI nos mais diferentes setores, como saúde, segurança, educação e cultura. de 2008, sob a iniciativa da então Secretaria Especial de Direitos Humanos, do ciclo de conferências nacionais de políticas públicas voltadas para a população LGBT22,23 . Ressaltamos que tais iniciativas se organizam sob a presidência de Luiz Inácio Lula da Silva, cujo comprometimento com a causa era destacado pelo movimento desde a sua inserção na arena política brasileira no início dos 1980.…”