ResumoO salame tipo italiano é um produto maturado, que passa por um processo de secagem, sendo está uma das principais etapas para obter um produto final de acordo com as propriedades organolépticas adequadas. Na etapa de secagem o produto é submetido a uma câmara com umidade, temperatura e velocidade do ar controlada, fazendo com que ocorra a perda lenta de água do salame. Essa transferência de umidade de dentro do salame até a superfície e posterior evaporação, pode ser avaliada por modelos matemáticos, como a Lei de Fick. Este trabalho tem como objetivo analisar a maturação de um salame tipo italiano, obter a difusividade efetiva e assim modelar a curva de maturação para salames com diferentes diâmetros. Com isso, a segunda Lei de Fick foi aplicada, na qual correlaciona-se o raio e a umidade do salame analisado em cada dia de maturação. A difusão efetiva da massa do salame obtida apresentou valores similares ao modelo, compreendendo que os resultados foram satisfatórios. Com os resultados obtidos com as análises, realizou-se a modelagem da curva de maturação para diâmetros de 2, 3, 4, 5, 6 e 7 centímetros, sendo esta, importante para o melhor entendimento e conhecimento do comportamento de cada salame durante a etapa de secagem. A curva de secagem representada com os valores obtidos experimentalmente, levando em consideração a umidade do produto e o tempo de maturação, apresentou o comportamento padrão para sólidos submetidos a esse processo, podendo auxiliar em novos estudos que tratam de secagem de alimentos na indústria.Palavras-chave: Salame. Difusão Efetiva. Umidade.
IntroduçãoO salame tipo Italiano é definido como um produto elaborado de carnes suínas ou suínas e bovinas, toucinho, adicionado de ingredientes, moídos, embutidos em envoltórios naturais ou artificiais, fermentado, maturado, defumado ou não e dessecado (BRASIL, 2000).A elaboração do salame é caracterizada por três principais etapas: a mistura dos ingredientes, fermentação e secagem, em que ocorrem mudanças físicas, bioquímicas e microbiológicas que favorecem para as propriedades organolépticas do produto final (BACKES et al., 2013).