Comunicação organizacional e interesse público: estratégias de (in)visibilidade nas mídias sociais

Abstract

Resumo Neste artigo, discorremos sobre comunicação organizacional com os objetivos de evidenciar estratégias acionadas pelas organizações em perspectiva de reduzir e/ou direcionar sua (in)visibilidade nas mídias sociais e de problematizar tais práticas em perspectiva do interesse público. Para isso, acionamos dados de pesquisa realizada por Da Silva (2018), que evidencia um conjunto de sete estratégias empregadas por organizações com atuação no Brasil para gestão de sua (in)visibilidade nas mídias sociais. Complementarmente, em perspectiva do interesse público, evidenciamos que tais estratégias também são empregadas por organizações para fins que não são orientados pela ética e, mesmo, para ações ilícitas.

Nem tudo são rosas: comunicação, consumo e causas sociais - estudo de caso da Sociedade Esportiva Palmeiras na rede digital Instagram

“…As instituições, por sua vez, utilizam as redes sociais digitais de forma estratégica, envolvendo ações de marketing que perpassam a geração de conteúdo, interação com seguidores, construção de marca e ativação de vendas. Para isso, é fundamental que as marcas, através de seus perfis oficiais, criem conteúdos atrativos, fomentem conversas interativas e promovam experiências para os seus seguidores e consumidores (Gonçalves;Silva, 2015). De acordo com Kotler, Kartajaya e Setiawan ( 2017 Essa revolução fez do futebol, mais que uma disputa esportiva ligada ao entretenimento, visto que "O torcedor passa a ser um consumidor do produto futebol e como tal deve ser tratado se o futebol quiser prevalecer sobre outras formas" (Grellet, 2013, p. 19).…”

“…Nesse sentido, se analisaram possíveis motivos para o fracasso da campanha da Sociedade Esportiva Palmeiras no Instagram. Em um tempo de conexão, interatividade e trocas simbólicas intensas, as redes sociais virtuais se tornam palco de conversações e expressão de descontentamento, corroborando uma economia de consumo que funciona como um espécie de "tonel das Danaides" (Gonçalves;Silva, 2015) que orquestra o alcance do prazer ao mesmo tempo em que gera descontentamento e dissonância cognitiva, mesmo diante da dignidade de causas sociais como o outubro rosa. Nem tudo são rosas na ambivalente contemporaneidade.…”