O desastre nuclear de Fukushima e os seus impactos no enquadramento midiático das tecnologias de fissão e fusão nuclear

Abstract

O desastre nuclear de Fukushima veio relembrar desastres nucleares anteriores tais como os de Three Miles Island e Chernobyl, trazendo de volta à esfera pública o debate em torno dos problemas de segurança das centrais nucleares. No entanto, enquanto o risco associado à energia nuclear tradicional (fissão) foi amplificado pela mídia, uma nova tecnologia de energia nuclear em investigação (fissão) não foi afetada. Uma comparação entre a cobertura midiática das tecnologias de fusão e fissão nuclear em três países (Alemanha, Espanha e Portugal), bem como na imprensa internacional de língua inglesa dirigida à elite transnacional, de 2008 a 2012, mostrou que o desastre de Fukushima não teve um impacto significativo no enquadramento midiático da fusão nuclear na maior parte dos jornais analisados. Neste artigo procura-se explicar o que conduziu a esta situação.

Risco Social Versus Impacto Social: Ambiguidades E Similaridades Evidenciadas Por Levantamento Sistemático Da Literatura Científica

“…O risco social também é tratado em acidentes nucleares (SCHMIDT, 2014, KLITZMAN, 2013, desastres naturais (IWAMA et al, 2014, KRISHNAMURTHY, 2011 como riscos de reassentamento humano, perda dos meios de vida, doenças, mortes e perdas econômicas ou mudanças climáticas (DUINEN, 2015, SCHAFFRIN, 2014. Shi et al (2015) consideram o risco social como um tipo de risco externo associado à instabilidade social como saúde pública, serviços de emergência, terrorismo, protestos, acidentes catastróficos, desastres naturais, violência etc.…”

Relação entre Emissões de CO2, Crescimento Econômico e Energia Renovável

“…O cenário começou a sofrer novos delineamentos a partir da década de 60, especialmente em razão de grandes acidentes ambientais de repercussão nacional e mundial que ocorreram, tais como o rompimento de tanques de armazenagem de dioxina TCDD na indústria química Icmesa (Seveso, na Itália, 1976), as explosões e o incêndio no gasoduto da Petrobras (São Paulo, no Brasil, 1984), a colisão do navio superpetroleiro, o Exxon Valdez, que deixou escapar 260 mil barris de petróleo (Costa do Alasca, 1989), o vazamento de petróleo da plataforma americana "Deepwater Horizon" (Golfo do México, 2010), o acidente da usina nuclear de Fukushima (Fukushima, no Japão, 2011), entre outros tantos acidentes ambientais demonstram a grande fragilidade do planeta Terra (MACHADO, 2006;COSTA;COSTA;MONTEIRO, 2015;SCHMIDT;HORTA;PEREIRA, 2014).…”

Sustainability: dynamics, pitfalls and transitions

“…For this reason, signs of ecological recovery may contribute to a positive assessment of national performance and thereby produce environmental danger and risk assessments that reduce people's concerns, but not their appreciation of the quality of the environment, whether for present or future generations. In fact, when environmental disasters do arise, as occurred in 2011 with the accident at the Fukushima nuclear plant in Japan (Schmidt, Horta and Pereira 2014), the critical sense becomes sharper and more prominent, making inroads in countries where environmental policies are not as well developed and have produced fewer environmental gains.…”