2017
DOI: 10.1590/1809-43412017v14n2p102
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“It Was No Accident!” the Place of Emotions in the Mobilization of People Affected by the Collapse of Samarco's Tailings Dam in Brazil

Abstract: This article presents the dynamics of collective action and the construction of claims of people affected by the rupture of a tailings dam of the Samarco mining company in Minas Gerais, Brazil in November, 2015.Our analysis focuses on affected people in Espírito Santo State and is based on interviews, observation, participant observation and a series of meetings with affected people during the year following November, 2015. We describe initial processes of mobilization which involve various actors and interact… Show more

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“…Nesse período, acelerado por um boom de commodities que foi até 2012, a extração de minério de ferro nesse território quase dobrou, passando de 160 milhões para 294 milhões de toneladas ao ano entre 2002 e 2015. Essa expansão contribuiu para a estabilidade econômica vivida no Brasil na primeira década do século XXI, mas motivou resistência de ambientalistas e inúmeros conflitos ambientais com populações urbanas e rurais, afetadas por remoções, risco de deterioração de recursos hídricos, além das perdas recorrentes a ecossistemas endêmicos, como campos de altitude, áreas de Cerrado e Mata Atlântica (Gazzinelli, 2021;Döring et al, 2017;Santos & Milanez, 2015;Milanez et al, 2019;Losekann, 2017;Coelho, 2016;Acselrad, 2017;Zhouri et al, 2017;Zucarelli, 2018;Santos et al, 2017). Um argumento abordado em outros trabalhos (Motta, 2021;Motta & Mendonça, 2022) é de que esse é um cenário de violência lenta (Nixon, 2011), distribuída espacial e temporalmente, em que os desastres de Brumadinho e Mariana são parte de outro, mais abrangente, que inclui grande conjunto de processos de violação de direitos e conflitos ambientais.…”
Section: Análiseunclassified
“…Nesse período, acelerado por um boom de commodities que foi até 2012, a extração de minério de ferro nesse território quase dobrou, passando de 160 milhões para 294 milhões de toneladas ao ano entre 2002 e 2015. Essa expansão contribuiu para a estabilidade econômica vivida no Brasil na primeira década do século XXI, mas motivou resistência de ambientalistas e inúmeros conflitos ambientais com populações urbanas e rurais, afetadas por remoções, risco de deterioração de recursos hídricos, além das perdas recorrentes a ecossistemas endêmicos, como campos de altitude, áreas de Cerrado e Mata Atlântica (Gazzinelli, 2021;Döring et al, 2017;Santos & Milanez, 2015;Milanez et al, 2019;Losekann, 2017;Coelho, 2016;Acselrad, 2017;Zhouri et al, 2017;Zucarelli, 2018;Santos et al, 2017). Um argumento abordado em outros trabalhos (Motta, 2021;Motta & Mendonça, 2022) é de que esse é um cenário de violência lenta (Nixon, 2011), distribuída espacial e temporalmente, em que os desastres de Brumadinho e Mariana são parte de outro, mais abrangente, que inclui grande conjunto de processos de violação de direitos e conflitos ambientais.…”
Section: Análiseunclassified
“…Imediatamente, afetou o abastecimento e comprometeu a qualidade de água para 1,2 milhão de pessoas, danificou o ecossistema, violou direitos de trabalhadores e abalou o trabalho de pescadores e de agricultores. O percurso do desastre atingiu terras de comunidades tradicionais, como os índios Krenak, Tupiniquim e Guarani, além de quilombolas (LACAZ; PORTO; PINHEIRO, 2017;LOSEKANN, 2017;PoEMAS, 2015).…”
Section: Os Desastres Da Samarco E Da Vale No Estado De Minas Geraisunclassified
“…Diversos estudos têm indicado que o rompimento das barragens da Samarco (Mariana) e o da Vale (Brumadinho) não foram acidentes, pois havia sinalizações do perigo que as barragens representavam para a região, além de mostrarem como a Indústria Extrativa Mineral (IEM) possui procedimentos estratégicos para instalar e gerir suas empresas em territórios planejadamente escolhidos por elas (ACSERALD, 2017;LACAZ;PORTO;PINHEIRO, 2017;LASCHEFSKI, 2020;LOSEKANN, 2017;PoEMAS, 2015).…”
Section: Reflexões Sobre O Rompimento Das Barragens Da Samarco E Da Valeunclassified
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“…Processos de expropriação e retomada territorial, assim como a dimensão das memórias e das lutas pela permanência no território, são foco também de diversas pesquisas realizadas junto a comunidades indígenas e quilombolas, trazendo à tona os sentidos atribuídos a esses movimentos e suas relações com aspectos cosmológicos e/ou demandas políticas em razão de conflitos territoriais e/ou de ordens diversas (Alarcon, 2018;Costa, 2017;Góes, 2018;Ioris, 2018;Oliveira, 2012;Ramos, 2017;Mura, 2018). Por fim, vale destacar os recentes estudos sobre desastres ambientais decorrentes da atividade mineradora que focalizam a "violência epistemológica" e os efeitos colonizadores dos discursos de modernização e desenvolvimento Texeira, 2010;Zhouri, 2018), assim como o sofrimento social constitutivo da experiência de deslocamento e das lutas por reparação empreendidas por comunidades atingidas pelo rompimento de barragens Losekann, 2017;.…”
Section: Anos 2008-2018� Da Perspectiva Transnacional Aos Estudos Sobre (I)mobilidades Deslocamentos Despossessão E Violênciaunclassified