Top Human Resources Managers Views on Trade Union Action in Brazilian Corporations

Abstract

This article presents the perception of human resource (HR) top managers at strategic level in Brazilian corporations regarding labor union activity. It is a quantitative study about the perception of 354 experienced HR top managers on the unionization of employees, influence of the union on the organization, recognition of the union for labor negotiations and the existence of an advisory committee (workers' council) within organizations. The theoretical approach addresses both the fields of study on HR and Industrial Relations (IR). The research shows low unionization and management perceptions that unions have little influence on organizations. On the other hand, the HR managers recognize the union influence for collective bargaining purposes and for defining general terms of employment. These contradictions are related to the fact that collective bargaining is mandatory in Brazilian legislation. In general terms of employment, Brazilian legislation is too rigid, prescriptive and detailed. This strong state of regulation reserves to the union an automatic participation in the negotiation process with employers, although this trade union action is somehow inefficient. In this scenario, the perception of HR managers of a relative union influence, although inefficient, is an expected consequence.

Gestão de recursos humanos e relações de trabalho no Brasil: uma análise sob a ótica da teoria dos custos de transação em um conjunto de empresas privadas

“…Por um lado, um indicador tradicional de força do sindicato como o percentual de sindicalizaçãoou como na literatura internacional, a densidade sindicalé historicamente baixo, pelo pouco estímulo estrutural à busca de sócios como forma de garantir financiamento autônomo às entidades de representação. Por outro, a própria legislação garante aos sindicatos presença nas negociações coletivas, conferindo peso institucional a eles nas relações de trabalho (Carvalho Neto, Amorim, & Fischer, 2016). Por fim, e também importante, verifica-se, principalmente ao longo das últimas décadas, reforço da presença sindical no debate de temas nacionais trabalhistas, econômicos e mesmo políticos (Almeida, 1998); Pochmann, Barreto, & Mendonça, 1998;.…”

“…Quanto aos níveis de sindicalização no Brasil, além de se relacionarem a movimentos diversos como o aumento da sindicalização de trabalhadores no campo (Cardoso, 2014), também há relação ao fato de os sindicatos terem presença legalmente obrigatória nas negociações coletivas. Em outras palavras, sua representatividade deveria ser medida mais pelo seu desempenho nas negociações coletivas em representação aos trabalhadores do que propriamente pela sindicalização (Carvalho Neto et al, 2016) (Amorim, Fischer, & Trullen, 2016). Fonte: (Cardoso, 2014) De qualquer forma, no período em questão, seguindo o comportamento da economia e, por extensão, do próprio mercado de trabalho, a ênfase da atividade sindical das organizações no período recaiu sobre a negociação de reajustes salariais e, neste sentido, seu saldo foi positivo.…”

Reforma trabalhista de 2017: os impactos nas negociações coletivas em Minas Gerais

“…No Brasil, até a década de 1930, o mundo do trabalho se concentrava em uma estrutura agrária, com características que decorrem do modelo escravagista vigente até o fim do Império e pela ideologia liberal dominante após a constituição da República, indicando, assim, um mercado de trabalho desregulado e selvagem, fortemente favorável ao patronato brasileiro (Pochmann, 2020). Nesse contexto, estão as bases do movimento sindical que surgiu no Brasil nas primeiras décadas do século XX, nas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro, sob influência especialmente de pessoas que migraram de países com tradição sindical (Carvalho Neto, Amorim & Fischer, 2016). Todavia, essa estrutura agrária foi fortemente afetada pela crise internacional de 1929, que acarretou o desenvolvimento de novas atividades produtivas industriais (Leite, 2018).…”

“…Com esta quebra, inicia-se a segunda temporalidade do mundo do trabalho no Brasil, com a transição para uma sociedade industrial e urbana, porém sem passar pelas reformas tradicionais do capitalismo, como a fundiária, a tributária e a social (Pochmann, 2020). Com o objetivo de dar suporte à industrialização e desenvolvimento, ocorreu a institucionalização dos sindicatos e da legislação trabalhista, com a implementação das leis que embasaram a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em 1943 (Carvalho Neto, Amorim & Fischer, 2016).…”

“…No caso brasileiro, várias pesquisas demonstram a falta de capacidade dos sindicatos de trabalhadores em entrar na discussão sobre temas relacionados à gestão de recursos humanos, como gestão por competências (Cruz, Sarsur & Amorim, 2012), certificação ocupacional (Amorim, Cruz, Sarsur & Fischer, 2017), demonstrando uma falta de reconhecimento das empresas em relação ao sindicato como mediador (Carvalho Neto, Amorim & Fischer, 2016) e dispensáveis ao ponto de contratar prepostos para a tarefa de negociar (Amorim, Cruz, Sarsur & Fischer, 2021).…”