Resumo Este trabalho teve como objetivo determinar as curvas de dessorção das sementes de milhodoce (Zea mays L.), cultivares Superdoce e Doce Cristal, e ajustar diferentes modelos matemáticos aos dados obtidos. As sementes das duas cultivares foram submetidas à dessorção em diversos níveis de temperatura (30, 40, 50 e 60 o C), combinados com diferentes umidades relativas do ar (30, 40, 50 e 60%), até atingirem a umidade de equilíbrio. Os seguintes modelos matemáticos foram ajustados por análise de regressão: Henderson-Thompson, Chung-Pfost, Copace, Sigma-Copace, Sabbah e Smith. As sementes das duas cultivares apresentaram umidades de equilíbrio higroscópico semelhantes. Os valores da variância explicada e do desvio-padrão, bem como a distribuição dos resíduos, das duas cultivares, indicam que as equações de Chung-Pfost, Sabbah e Smith foram as que melhor se ajustaram aos dados experimentais, com pequena superioridade da primeira.Termos para indexação: Zea mays, atividade da água, teor de umidade, higroscopicidade.
Comparison of mathematical models for description of desorption curves of sweet corn seedsAbstract This work had the goal to determine the desorption curves of seeds of sweet corn cultivars Superdoce and Doce Cristal, and to adjust mathematical models to obtained data. Corn seeds were submitted to desorption under different temperature conditions (30, 40, 50 and 60 o C), associated with different relative humidity (30, 40, 50 and 60%) until reaching the equilibrium humidity. The following models of regression analysis were adjusted to the experimental data: Henderson-Thompson, ChungPfost, Copace, Sigma-Copace, Sabbah and Smith. Seeds of both cultivars showed similar hygroscopic equilibrium. For both cultivars, the equations of Chung-Pfost, Sabbah and Smith, showed the best adjustments to the experimental data, with slight superiority of the first one.Index terms: Zea mays, water activity, moisture content, hygroscopicity.(1) Aceito para publicação em 22 de setembro de 2000. Introdução O milho-doce, utilizado principalmente como milho verde, tanto in natura como para processamento, difere do milho comum, não por característi-cas taxonômicas, mas pelo alto teor de açúcares e baixo teor de amido, ambos resultantes da ação de genes recessivos individuais ou associados em combinações duplas ou triplas. Além dessas combinações gênicas particulares, o milho-doce, em razão do intenso processo de seleção, apresenta pericarpo delgado e características texturais particulares do endosperma, que o fazem superior ao milho comum, quando no estado leitoso (Silva, 1994).
Parcialmente financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIGA fina espessura do pericarpo é uma característi-ca das sementes de milho-doce que pode contribuir para torná-las mais suscetíveis aos danos mecânicos, e, possivelmente, aos danos térmicos durante a secagem. Wann (1986) e Wilson Junior & Trawatha (1991) recomendam cuidados especiais nesta importante etapa da produção, que, se mal conduzida, pode comprometer a ...