Vadias, Putas E Feministas: Diálogos Em Belo Horizonte

Abstract

Resumo O presente artigo tem como objetivo mostrar as formas como os debates feministas em torno da prostituição em Belo Horizonte se atualizam e adquirem novos contornos a partir da emergência da “Marcha das Vadias” e de sua relação com o movimento de prostitutas. O artigo apresenta parte dos dados da pesquisa de doutorado concluída por uma das autoras em 2015, incluindo métodos como observação participante, entrevistas em profundidade, coleta documental, dentre outros. No que toca à Marcha das Vadias de Belo Horizonte, realizamos etnografia das edições de 2012, 2014 e 2015, participando também das listas de discussão e grupos de organização e avaliação da mesma. Observamos que a Marcha das Vadias se mostra aberta ao diálogo com as prostitutas na cidade, mas que esse debate é frequentemente perpassado por concepções prévias e pouca margem para construções e ações efetivamente conjuntas.

The Origins of Informality in a Brazilian Planned City: Belo Horizonte, 1889-1900

“…40 According to historian Abílio Barreto, Reis remarked to a priest that "he did not want any of the old inhabitants [of Curral del Rei] within the urban or suburban areas delineated for the new city." 41 Reis did express remorse at one point for the expulsions, writing that the rapid expulsions humiliated the dignity of people whose ties to the land went back centuries. However, the stakes of the project for the positivist engineer seemingly outweighed the indignity visited upon longtime residents.…”