“…Todas as entrevistadas apresentaram o desejo de terem tido uma família conforme o modelo tradicional e idealizado, ou seja, composta por um homem, uma mulher e pelo menos um filho, que coabitam e seguem as regras sociais, cabendo ao homem a função da provisão das necessidades básicas da família (Féres-Carneiro, Ponciano, & Magalhães, 2007). Corroborou-se a necessidade de vida íntima e valorização da família tradicional no contexto brasileiro (Giddens, 1993) e nas prisões (Cúnico, Strey, & Costa, 2019), tendo sido construída uma expectativa de amor romântico centrada na crença de que a vida íntima e o parceiro ideal são necessários para uma vida feliz (Amorim & Stengel, 2014;Giddens, 1993). Karen, por exemplo, descreveu: "A minha vida inteira eu busquei isso: o grande amor da minha vida".…”