Terceirização no Brasil: velhos dilemas e a necessidade de uma ordem mais includente

Abstract

Resumo Discussão sobre o fenômeno da subcontratação nas organizações contemporâneas. Tal fenômeno é aqui entendido como parte do processo mais amplo de flexibilização das instituições sociais e do trabalho que acompanhou o desmonte do fordismo e tem sido responsável pela fragmentação e precarização dos mercados de trabalho em todos os países industrializados. Adota-se aqui a perspectiva de análise na qual são discutidas as implicações da terceirização para os trabalhadores. À luz das teses da crise da sociedade salarial e da acumulação flexível, cuja referência é encontrada no pensamento da escola da regulação fordista, argumenta-se que a subcontratação, mais conhecida no Brasil como terceirização, reforça as relações de dominação e o controle social sobre a força de trabalho, rebaixando ou retirando direitos historicamente conquistados. Esse processo tem sido muito mais pernicioso em sociedades de democracia recente, como a brasileira, nas quais as novas práticas de flexibilização do trabalho contribuíram para fragilizar, ainda mais, a estrutura do mercado de trabalho, historicamente marcada pelos baixos salários, pela excessiva instabilidade do vínculo empregatício, pela baixa qualificação dos seus trabalhadores, pela fraca organização coletiva, pelos parcos direitos cidadãos. A despeito dos avanços nos indicadores do emprego e da renda na última década no país, a subcontratação tem se disseminado, o que reitera esse padrão predatório de relações de trabalho.

Implantação das mesas nacionais de negociação permanente do Sistema Único de Saúde em secretarias estaduais e municipais de saúde

“…This has become more evident from the process of productive restructuring, characterized above all by the incorporation of technologies and other innovations, aiming for a more flexible organization and management of work (Costa, 2017).…”

Comparação de custos com motoristas em universidade federal: servidores públicos vs terceirizados

“…Thus, the study had the necessary and sufficient information to clarify, as to this function and this institution, whether the outsourcing services, in fact, represents a reduction of economic and financial costs compared to hiring servers, as proposed by Costa (2017) and Sako (2014) or, conversely, the increase of these costs, such as reported by Alonso et al (2017) in a study involving 25 countries of the European Union.…”

“…Outsourcing is understood as the process of transferring part of the activities of a particular organization to another (Stein et al, 2017). Costa (2017) believes that one of the main reasons for outsourcing to be considered competitive advantage is the cost savings with the work, due to the exemption of the payment management of the effective servant.…”

“…One of the main reasons that has been considered for outsourcing is to reduce direct costs of effective labor, with the possibility to reallocate these resources for more important activities, in order to generate competitive advantages (Costa, 2017;Farrell, 2010;Stein, E. Zylberstajn, & H. Zylberstajn, 2017).…”

Comparing attitudes of public servants and outsourced employees

“…The importance of this debate and the increased adoption of outsourcing by public organizations and institutions (Costa, 2017;Costa and Santo, 2014) point to an increased need to better understand outsourced workers' experiences and attitudes, especially compared with public servants. On the one hand, outsourced employees and public servants share the same organizational reality, but on the other hand, these two groups face objective and subjective work conditions that are considerably different (Costa, 2007;Wilkin, 2013).…”