A cerâmica paulista: cinco séculos de persistência de práticas tupiniquim em São Paulo e Paraná, Brasil

Noelli, Francisco Silva; Sallum, Marianne

doi:10.1590/1678-49442019v25n3p701

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“…As informações de Scheuer e Haydée Nascimento mostram os significados das décadas de 1960 e 1970, que podem ser atualizados com pesquisas mais recentes (Calaresi 2014;Cerávolo 1988;Lima 2007;Magrini 2019;Noelli & Sallum 2019;Souza 2015;Waldeck 2014). O comum entre essas pesquisas é a identificação da continuidade na transmissão de conhecimentos entre comunidades de mulheres inseridas "dentro de suas próprias visões de mundo culturalmente definidas" (Panich 2020), elaboradas em lugares e momentos históricos particulares.…”

Section: Conclusãounclassified

Comunidades de mulheres ceramistas e a longa trajetória de itinerância da cerâmica paulista

Noelli

Sallum

2020

Rev. Mus. Arqueol. Etnol.

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A Cerâmica Paulista resultou da conexão de tecnologias, práticas, significados e memórias. Ela foi produzida inicialmente pelas tupiniquins, em uma aliança com os portugueses na área de São Vicente e continuada por diversas gerações de mulheres, incluindo as que vieram de fora. No contexto dessas relações, materialidades e alimentos foram usados, apropriados e transformados, através de escolhas que entrelaçaram tecnologias antigas com novidades e mudanças culturais e identitárias. O exame de vasilhas inteiras, de fragmentos e dados publicados, mostra que a Cerâmica Paulista foi produzida desde o século XVI com algumas variações. A persistência das comunidades de práticas levou adiante maneiras de fazer e usar vasilhas cerâmicas, moldando valores e relações sociais que definiram a identidade Paulista.

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Section: Conclusãounclassified

Comunidades de mulheres ceramistas e a longa trajetória de itinerância da cerâmica paulista

Noelli

Sallum

2020

Rev. Mus. Arqueol. Etnol.

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“…Las mujeres tupiniquim, a su vez, pasaron a producir ollas muy semejantes a las tradicionales cerámicas portuguesas. Sin embargo, los productos finales de la "cerámica paulista" conservaban las formas de la industria lusitana, al mismo tiempo que utilizaban las técnicas de manufactura indígenas (con rodetes en vez del uso del torno) (Noelli y Sallum 2019). Esto representa un ejemplo de que los cambios, en el campo de la cerámica, no están limitados solamente a los tratamientos de superficie, una vez que fueron incorporados a las formas de hacer de las cerámicas indígenas A pesar de estos cambios, no sería imposible encontrar, en la superficie de la entonces emergente cerámica paulista, un clásico corrugado, un requisito imborrable de los tiempos antiguos.…”

Section: ____________________________________________________________unclassified

Sobre la materialidad de los encuentros entre los Tupi-Guaraní y los no Tupi

Almeida¹,

Torino²

2020

Come

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El primer objetivo de este artículo es presentar los últimos avances arqueológicos en las investigaciones sobre sociedades cultural y lingüísticamente semejantes a los grupos guaraní, pero que ocuparon tierras lejanas en la Amazonia Meridional. En este contexto, encontramos un escenario diferente al de la arqueología del río Paraná inferior, con un flujo más intenso de rasgos entre las distintas sociedades alfareras desde el inicio de la era cristiana. En este trabajo, presentamos un esbozo de interpretación del proceso de expansión de los Tupi-guaraní de la Amazonia oriental en dirección al litoral brasileño, donde estos grupos aparentemente ocuparon territorios previamente habitados por productores de cerámica inciso-modelada, dejando a su paso vestigios de intercambios entre ellos. Posteriormente, discutimos los procesos de “guaranización” a la luz de dos sitios guaraní del bajo río Paraná y evaluamos, de manera preliminar, si existen evidencias materiales que indiquen que estos grupos interactuaron con otras poblaciones en la región, en su proceso de dispersión hacia la cuenca del Plata.

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“…Fonte: Elaborado pelo autor. O aplique linear (5.1), por sua vez, também é relativamente comum para períodos coloniais no estado de São Paulo (CALDARELLI, 2003;ZANETTINI, 2005;SALLUM, 2019) e em algumas partes de Minas Gerais (MAGALHÃES, 2015), ao contrário das demais decorações com inserções de apêndices, asas curvas, alças e cabos, que podem ser vistas de Norte a Sul do país com poucas variações (BLASI, 1967;SYMANSKI, 2010;AMARAL, 2012;MAGALHÃES, 2015;MUNIZ;GOMES, 2017;SALVADOR, 2017;MORAES WICHERS et al, 2018;SILVA, 2019. ).…”

Section: Motivos Decorativos Similaresunclassified

“…Motivos como 1.31, 1.32, 1.39, 1.48, 3.3, e 8.1, por exemplo, são apenas alguns dos motivos observados ao longo da análise neste sítio. Estes, apesar de não serem vistos nos outros dois sítios da presente pesquisa, podem ser identificados em outros sítios arqueológicos coloniais de São Paulo, Rio de Janeiro e no Mato Grosso (CALDARELLI, 2003;ZANETTINI, 2005;SYMANSKI, 2006;SYMANSKI, 2009;MUNSBERG, 2018;SALLUM;NOELLI, 2019; PEIXOTO; LIMA, 2020. ), em contextos pré-coloniais na região Sul (MACHADO et al, 2008;SCHMITZ, 2011;MILHEIRA et al, 2013), em regiões amazônicas (GLÓRIA, 2017;JÁCOME, 2017), em Pernambuco (DANTAS, 2018), no Espírito Santo (SEDA et al, 2011) Democrática do Congo e o norte de Angola.…”

Section: Motivos Decorativos Exclusivosunclassified

“…Este motivo, frequentemente associado à cerâmicas pré-coloniais de múltiplas comunidades, é encontrado por quase todo o país (LA SALVIA;BROCHADO, 1989;SCHMITZ, 2011;SEDA et al, 2011;KASHIMOTO;MARTINS, 2013MARTINS, , 2019MILHEIRA et al, 2013; CORRÊA, 2014; ALMEIDA, 2015; PEREZ; AFONSO, 2015; DANTAS, 2018, para citar apenas alguns exemplos). Após a chegada dos europeus, tal técnica continuou sendo utilizada em algumas regiões, podendo ser vista no estado de São Paulo (CALDARELLI, 2003;CALI, 2003;151 MUNSBERG, 2018;SALLUM, 2018;SALLUM;NOELLI, 2019), Mato Grosso (SYMANSKI, 2006), Rio Grande do Sul (ZUSE; MILDER, 2008) e Rio de Janeiro (PEIXOTO; LIMA, 2020).…”

Section: Motivos Decorativos Exclusivosunclassified

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Cacos fragmentados em uma sociedade conectada: produção e distribuição de cerâmica utilitária na São Paulo colonial

Manfrini¹

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pelas valiosas recomendações de leitura e por me elucidar acerca de diversas decorações encontradas em São Paulo e possíveis correlações com cerâmicas portuguesas. Ao Prof. Dr. Eduardo Goés Neves, pelos comentários bondosos e pertinentes acerca da minha pesquisa durante a disciplina de História da Arqueologia. Ao Dr. Rafael Abreu de Souza e ao colega Marcel Lopes, pelas conversas acerca das análises do sítio Pinheiros 2, e pelos valiosos comentários e direcionamentos que me foram proporcionados. Ao colega Mauro Karasinski, por me ajudar, com muita paciência, a elaborar o mapa de dispersão de peças na Casa do Bandeirante no AutoCAD. Ao Renato Mangueira, pelas conversas pacientes durante minhas análises no CASP/SP, além de disponibilizar de forma solícita todos os mapas produzidos em sua dissertação, que foram de extrema importância para a minha pesquisa. Ao Prof. Dr. Marcos André Torres de Souza, pelas valiosas recomendações de leitura. À toda equipe do CASP (ao menos enquanto eu estive lá): Aline Porfírio, Ana Luíza Brólio, os dois Andrés, Chico, Seu Marcelino, Gilson, toda a equipe de seguranças e do educativo, e não menos importantemente, aos felinos Jane, PCC, Guedes, Mãe e Cleo. A companhia de todos fez os meses de análise no CASP serem menos cansativos e solitários, além de promover muitas risadas, principalmente durante as análises em dias de jogos da Copa do Mundo de 2018. Ao Hélio Rosa de Miranda, pela sua incansável ajuda em conseguir livros e artigos de difícil acesso, e por ainda digitalizá-los, me permitindo acessar estes textos remotamente. Sem você a pesquisa e o levantamento bibliográfico teriam sido muito mais difíceis. À Cristina Demartini e ao Seu Regivaldo, por toda a paciência comigo nas reservas técnicas do MAE/USP, andando para cima e para baixo com dezenas de caixas de acervo, e solicitando acesso diversas vezes ao dia para devolver ou pegar novas caixas. A los administradores del foro-web Cruces y Medallas (https://www.cruces-medallas.com) por la ayuda en identificar y periodizar el crucifijo encontrado en la Casa do Bandeirante. A todos os estagiários do laboratório do MAE/USP, em especial ao João, Bia, Maju, Lui, Tayná e Camila. A presença de vocês no laboratório realmente aliviava o ambiente, mesmo comigo sobrecarregado e eventualmente mal-humorado durante as análises. À mestra e amiga Melina Pissolato Moreira, pelo companheirismo, pelas inúmeras conversas, pelos desabafos, pelas leituras de capítulos e artigos, pelos comentários construtivos, pela amizade, pelos almoços no Peruano, pelos jantares no seu apartamento, por tudo mais que você sabe que significou para mim ao longo deste mestrado. Você tem minha eterna gratidão. À mestra e amiga Letícia Ribeiro, pela paciência e didática na minha primeira análise cerâmica ainda no final de 2016. Agradeço também por todas as conversas, dicas, desabafos, recomendações, e acima de tudo, a nossa amizade. À mestra e amiga Daniela Ortega, pela amizade, companheirismo e por ser esse espírito leve. Agradeço também por ser tão solícita em me ensinar ...

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A cerâmica paulista: cinco séculos de persistência de práticas tupiniquim em São Paulo e Paraná, Brasil

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