Osteossíntese minimamente invasiva com placa bloqueada (Mipo) sem a utilização de intensificadores de imagem nas fraturas de tíbia em cães

Abstract

RESUMOAvanços na compreensão da biologia óssea e das complicações das fraturas têm levado a modificações na abordagem da fixação interna, sendo a osteossíntese minimamente invasiva com placa (Mipo) uma das recentes evoluções para o manejo biológico das fraturas. O objetivo do presente estudo foi avaliar o uso de placas bloqueadas aplicadas de forma minimante invasivas em fraturas da tíbia de cães, sem a utilização de intensificadores de imagem intraoperatória. Foram utilizados 10 cães que apresentavam fraturas da tíbia, de idades e raças variadas. Os animais foram avaliados quanto à deambulação, à intensidade do edema, e exames radiográficos foram realizados nos períodos zero, 15, 30, 60, 90 e 120 dias de pós-operatório. Após 15 dias de pós-operatório, 80% dos cães já utilizavam o membro ao caminhar e apresentavam formação de edema discreto a ausente no membro operado. Após 30 dias de pós-operatório, todos os cães já apoiavam o membro ao caminhar e não apresentavam formação de edema. Todos os pacientes apresentaram sinais radiográficos de início de consolidação óssea após 15 dias de pós-operatório e pôde-se observar que a união clínica ocorreu em média aos 42,5 dias. O tratamento de fraturas de tíbia por meio da Mipo é alternativa eficaz, resultando em utilização precoce do membro e união clínica efetiva, e pode ser realizado sem uso de intensificadores de imagem. de tratamento de fraturas por meio de redução anatômica aberta e fixação com placas e parafusos requer ampla exposição do foco da fratura com excessiva manipulação de tecidos moles, que pode resultar na desvascularização de fragmentos fraturados e prejudicar a consolidação óssea (Imatani et al., 2005).

Osteossíntese minimamente invasiva com placa em cão – Revisão de literatura

“…De acordo com HUDSON et al (2009) na MIPO não é possível visualizar os fragmentos da fratura, fato este que torna imprescindível o uso da fluoroscopia ou radiografia intraoperatória, a fim de facilitar o procedimento cirúrgico e a correta colocação dos implantes. No entanto, em seu estudo utilizando a MIPO em 10 cães, ROSA-BALLABEN et al (2017) observou que é possível a realização desta técnica sem o uso de intensificadores de imagem, não havendo dificuldades no reestabelecimento do alinhamento ósseo e na colocação do implante, resultando em apenas um caso de falha da técnica por mal alinhamento do membro e um caso em que houve a colocação inadequada do parafuso.…”

Realização De Mipo Associada À Terapia Com Células-Tronco Mesenquimais No Tratamento De Fratura Em Cão: Relato De Caso

“…Em estudo avaliando a eficácia da MIPO em fraturas de tíbia, identificou-se reparação óssea efetiva, além da utilização precoce do membro, sendo esta uma alternativa eficaz para o tratamento de fraturas tanto simples quanto cominutivas (ROSA-BALLABEN et. al., 2017).…”