Avaliação hemogasométrica, bioquímica e hematológica de ovinos suplementados com melão

Abstract

RESUMOO presente trabalho avaliou os efeitos da administração de duas diferentes quantidades de melão sobre variáveis hemogasométricas, bioquímicas e hematológicas de ovinos não adaptados. Foram utilizados 12 ovinos canulados, pesando 25kg de peso vivo, que nunca receberam ração concentrada. Os animais receberam dieta à base de feno (2,3% do peso vivo) e água à vontade. Os ovinos foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos e receberam 25% ou 75% da matéria seca (MS) da dieta de melão triturado (G25% e G75%, respectivamente) diretamente no rúmen. Foram realizadas coletas de sangue e determinação do pH ruminal nos seguintes tempos: zero, 3, 6, 12, 18 e 24 horas após oferecimento do melão. Foi realizada análise hemogasométrica, do volume globular, determinação da concentração plasmática de lactato-L, glicose e osmolaridade sérica. No G25%, o pH sanguíneo variou entre 7,40 e 7,31, enquanto o G75% apresentou pH entre 7,38 e 7,26. Maiores concentrações de glicose plasmática foram detectadas no G75% no T3, T6 e T12 (P<0,05). Os ovinos que receberam 25% de melão mantiveram parâmetros sanguíneos dentro da normalidade, ao passo que, no G75%, os ovinos apresentaram discreta acidose metabólica sistêmica e hiperglicemia. A suplementação com 25% de melão pode ser uma alternativa segura na alimentação de ovinos.

Effects of sudden melon intake on ruminal parameters of non-adapted sheep

“…The rationale for testing the effects of 25% and 75% supplementation was to simulate how this fruit is used by local farmers. Melon is used either to supplement 20%-30% of the diet or as the main food source for sheep and goats in the dry season, given ad libitum for a dietary intake of 70%-80% (Oliveira et al 2015a).…”

“…Rumen lactic acidosis is one of the major disorders and develops due to excessive ingestion of soluble carbohydrates by animals that are not adapted to such a diet as often occurs in intensive farming systems (Dunlop 1972, Dougherty et al 1975, Nagaraja & Titgemeyer 2007, Barrêto-Júnior et al 2008) . Due to the high availability and occasional surpluses of melon (Cucumis melo), this fruit has been used as an alternative feed source for sheep (Lima et al 2012) and has become an option for supplementing ruminants during food shortages in semi-arid northeastern Brazil (Araújo et al 2009, Lima et al 2011, Lima et al 2012, Oliveira et al 2015a. However, there is a lack of studies on the risks that accompany melon-induced acidosis in non-adapted animals.…”

Prevention of acute ruminal lactic acidosis in sheep by probiotic or monensin supplementation: clinical aspects

“…Owing to the increase in sheep rearing that focuses on intense weight gain in a short period, animals are subjected to diets that include large amounts of concentrates, which predispose them to several metabolic disorders (SILVA et al, 2009;OLIVEIRA et al, 2015a). In a retrospective study at Mato Grosso do Sul state, pregnancy toxemia and acute ruminal lactic acidosis (ARLA) were the most common metabolic disorders found in sheep (ALMEIDA et al, 2013) Acute ruminal lactic acidosis (ARLA) is caused by the sudden intake of carbohydrates, especially when the rumen environment is not adapted.…”

Avaliação clínica de ovinos após a ingestão de elevada quantidade de manga

“…Nas regiões de fruticultura irrigada, o excedente da produção de frutas é empregado na alimentação animal (Oliveira et al, 2015a). Há relatos do aproveitamento de abacaxi, maracujá, melão, manga, caju, goiaba, cupuaçu, entre outras frutas, na alimentação de ruminantes (Giordani Júnior et al, 2014;Oliveira et al, 2015a).…”