Diálogo com mediadores de Museus de Ciência

Abstract

Resumo: Analisamos como a mediação humana ocorre nas visitas monitoradas do Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA), localizado em Santa Teresa, ES, considerando o ponto de vista dos mediadores acerca de seu papel na mediação. Os dados produzidos decorreram das transcrições das gravações em áudio das entrevistas realizadas com os mediadores e dos registros recolhidos durante as observações. Constatamos um forte apelo, por parte dos mediadores, na reprodução do roteiro que o INMA oferece, buscando adaptá-lo à série/idade dos visitantes. O anseio por uma formação adequada ficou marcante durante as entrevistas, talvez reforçado pelo não entendimento do real papel de um mediador de museus. O INMA tem potencial para se tornar um espaço educativo cujos mediadores sejam capazes de atrair e motivar os visitantes. Para tanto, precisam conscientizar-se da importância de sua função social na aprendizagem e de seu papel no desempenho da mediação.

Discursive Interactions Between Museum Educators and Students: A Case Study in a Science Museum Based on the Contributions of Bakhtin and the Circle

“…Hence our agreement with Roldi et al (2019) who claim that professional education for museum educators needs to set aside a model of science communication centered on ready-made and little flexible discourses, based on assumptions of what the public does not know and focus on a communication that expands the knowledge of all the actors involved and that is open to change. Therefore, the authors claim that "it is also necessary to prepare for improvisation and to dialogue about science", considering that the discursive interactions are two-way paths that allow negotiation of knowledge and interests in which educators and visitors "can build several types of knowledge" (Roldi et al, 2019, p. 986).…”

Interações Discursivas entre Educadores Museais e Estudantes: Um Estudo de Caso em um Museu de Ciências a partir das Contribuições de Bakhtin e do Círculo

“…Nesse sentido, concordamos com Roldi et al (2019) que argumentam ser necessário, na formação dos educadores de museus, deixar de lado um modelo de comunicação da ciência centrado em discursos prontos e pouco flexíveis, baseados em suposições do que o público não sabe, e focar em uma comunicação que busque ampliar os conhecimentos de todos os atores e estar aberto às mudanças. Assim, para os autores "faz-se necessária também a preparação para o improviso e para dialogar sobre ciência", considerando que as interações discursivas são vias de mão dupla que permitem negociação de saberes e interesses, em que educadores e visitantes "podem construir diversos tipos de conhecimento" (Roldi et al, 2019, p. 986).…”

Investigación evaluativa de visitas escolares: hacia la profesionalización del educador de museos

“…La influencia de la formación, sumada al peso que también tiene la experiencia en el desarrollo de las visitas, introduce asimismo dos cuestiones importantes: por un lado, la estabilidad laboral de las plantillas, que ya ha sido puesta de relieve en estudios recientes (Calaf et al, 2017;Ji et al, 2015); y, por otro lado, la formación permanente y su incidencia en el trabajo de las educadoras (Roldi et al, 2019). En este último caso, son necesarios estudios que aborden tanto las posibilidades formativas existentes, como los beneficios concretos que pueden derivarse de ellas (Asensio, 2017).…”