Tendência temporal (2008-2018) da prevalência de excesso de peso em lactentes e pré-escolares brasileiros de baixa renda

Abstract

Resumo O objetivo deste estudo foi analisar a tendência temporal da prevalência de excesso de peso (EP) em crianças menores de cinco anos assistidas pelo Programa Bolsa Família (PBF) entre 2008 e 2018. O painel de dados foi baseado nos relatórios de estado nutricional do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) (n=30.574.118) e analisado por meio de modelos de regressão joinpoint específicos para idade (lactentes e pré-escolares) e macrorregião. Ainda, calculou-se a cobertura do SISVAN para o PBF e a representatividade nacional, segundo projeção censitária. Na década analisada, o EP em lactentes reduziu de 11,9% (11,8; 12,0 IC95%) para 8,5% (8,4; 8,6 IC95%) (-3,6%/ano [-5,1; -2,0 IC95%]); quanto aos pré-escolares, a prevalência EP aumentou em 3,1%/ano (2,0; 4,2 IC95%) até 2015, seguida por uma retração até 2018 (-6,4%/ano [-10,1; -2,6 IC95%]). Em ambos os grupos etários, a região Norte apresentou a menor prevalência em toda série histórica e a Nordeste o pior desempenho no controle do EP infantil. A cobertura do SISVAN no PBF foi elevada e a representatividade dos dados variou entre 13,9% (Sul) e 42,2% (Nordeste). Apesar da prevalência estar acima do esperado, após 2014, identificou-se redução linear no EP em lactentes e desaceleração na taxa de crescimento nos pré-escolares.

Estratégia nutricional para o emagrecimento pós-parto

“…Ao invés, esta relação poderia ser condicionada pela duração do aleitamento e do estado nutricional materno, aos quais se somam fatores culturais, psicológicos e padrões de atividade, entre outros. Essa complexidade de fatores provavelmente explica a variabilidade na trajetória do peso materno durante o período pós-parto (Kravchychyn et al, 2022;Vasconcelos et al, 2022).…”

Prevalence of low and high BMI during the first 3 years of life: using New Zealand national electronic health data

“…9 Whether such patterns are apparent in younger children in New Zealand is currently unknown, although international data are growing in the under 3 year age group. 6,[10][11][12] Recent Australian data report a decreasing trend in BMI z-score between 2003 and 2017 for children aged 1, 2, and 3.5 years, especially in urban areas. 10 By contrast, nonurban areas had increasing rates and in all groups there was significant variation by socio-economic status.…”

“…10 A decreasing trend in overweight (classified by weight-for-age z-score) has also been reported in Brazilian infants and toddlers (with high social vulnerability) between 2015 and 2018. 11 Studies to date in this age group lack assessment of BMI at narrow/specific ages and by child ethnicity.…”

Early‐life determinants of excessive weight gain among low‐income children: Examining the adherence of theoretical frameworks to empirical data using structural equation modelling

“…4 Therefore, childhood obesity in Brazil can be classified as a severe public health problem 5 affecting mainly children from lowincome families and the north-east region, the poorest area in the country. 6,7 Existing research on early-onset obesity usually addresses the entire group of children under the age of 5 or focuses on the preschool years, leaving a crucial gap regarding the first year of life when the transition period from breastfeeding to food introduction and family meals participation occurs. 8,9 Studies conducted with lowincome families in the north-east region of Brazil show early introduction and significant participation of ultra-processed foods (UPF) in the diet of children under 5 years old.…”

“…While global estimates indicate that 5.6% of children under 5 years of age are overweight, 3 in Brazil, the prevalence among children attending primary health care services in this same age group was 14.8% 4 . Therefore, childhood obesity in Brazil can be classified as a severe public health problem 5 affecting mainly children from low‐income families and the north‐east region, the poorest area in the country 6,7 …”