Objetivo: avaliar as evidências científicas recentes acerca da insegurança alimentar e nutricional nos tempos de pandemia e seus efeitos e desafios encontrados relacionados a fome. Metodologia: revisão narrativa da literatura com base em pesquisas bibliográficas de artigos em português, inglês e espanhol, disponíveis nas bases PubMed, Scielo e Lilacs. Para desenvolvimento do estudo, as buscas foram realizadas no período de março de 2021 a maio de 2022, a escolha desse período atendeu ao critério de temporalidade, em que foi considerado o recorte de dois anos, por se tratar de publicações mais atuais, foram incluídos artigos disponíveis na íntegra. Os descritores utilizados para construir o estudo e pesquisa foram: “Insegurança alimentar”, “Segurança alimentar”, “Pandemia” e “COVID-19”. Resultados: A pobreza e a desigualdade, são as causas estruturais e subjacente de todas as formas de IA e desnutrição, amplificando o impacto negativo dos fatores globais, assim, no contexto da pandemia, a IA está diretamente ligada à inegável pobreza da população, tornando a sociedade linha de frente para desafios além da crise de saúde. A desigualdade de renda, em particular, aumenta a probabilidade de IA especialmente para grupos socialmente excluídos e marginalizados e reduz o impacto positivo de qualquer crescimento econômico na segurança alimentar individual. Sendo assim, a transformação dos sistemas alimentares é fundamental para alcançar a segurança alimentar, melhorar a nutrição e tornar a alimentação saudável acessível a todos. Considerações finais: medidas para erradicar a fome, a insegurança alimentar e proteger vidas exigem um esforço conjunto claro e participativo responsabilidades da sociedade, especialmente no desenvolvimento de planos e estratégias, e responsabilização dos governos na manutenção de receitas, realização de direitos, investimentos e políticas públicas.