2016
DOI: 10.1590/1413-81232015217.00502016
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Sofrimento psíquico e estresse no trabalho de agentes penitenciários: uma revisão da literatura

Abstract: This article presents a review of literature based on a survey of national and interna-

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“…Compondo parte relevante da população carcerária brasileira, Minas Gerais é o segundo estado com maior população prisional do país, com 68.354 detentos -58% destes são provisórios, sem condenação -e capacidade para apenas 36.556, registrando um déficit de 31.798 vagas (Brasil, 2017 O agente penitenciário é frequentemente considerado a personificação do Estado, na aplicação de suas sentenças, sendo personagem fundamental no cotidiano da prisão. Geralmente identificado como responsável pelo encarceramento e pela violência, no interior dos presídios, ele também é, por outro lado, acometido por adoecimentos, direta ou indiretamente relacionados ao trabalho, tendo mesmo se tornado objeto de pesquisas, principalmente, nas últimas duas décadas (Bezerra;Assis, & Constantino, 2016), ainda que, segundo Oliveira, Silva Junior, Costa e Araújo (2017), sejam raros os estudos sobre o seu trabalho. Quanto à atuação específica dos agentes nos manicômios judiciários, sujeitos de nosso estudo, Pacheco (2011) Além da função conhecida, supostamente simplificada, de abrir e fechar cadeados e impedir que os presos deixem a prisão, o agente tem inúmeras e complexas atividades, de acordo com o território, a estrutura física da unidade prisional e a quantidade de presos junto aos quais ele atua.…”
Section: Prisões E Agentes De Segurança Penitenciáriosunclassified
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“…Compondo parte relevante da população carcerária brasileira, Minas Gerais é o segundo estado com maior população prisional do país, com 68.354 detentos -58% destes são provisórios, sem condenação -e capacidade para apenas 36.556, registrando um déficit de 31.798 vagas (Brasil, 2017 O agente penitenciário é frequentemente considerado a personificação do Estado, na aplicação de suas sentenças, sendo personagem fundamental no cotidiano da prisão. Geralmente identificado como responsável pelo encarceramento e pela violência, no interior dos presídios, ele também é, por outro lado, acometido por adoecimentos, direta ou indiretamente relacionados ao trabalho, tendo mesmo se tornado objeto de pesquisas, principalmente, nas últimas duas décadas (Bezerra;Assis, & Constantino, 2016), ainda que, segundo Oliveira, Silva Junior, Costa e Araújo (2017), sejam raros os estudos sobre o seu trabalho. Quanto à atuação específica dos agentes nos manicômios judiciários, sujeitos de nosso estudo, Pacheco (2011) Além da função conhecida, supostamente simplificada, de abrir e fechar cadeados e impedir que os presos deixem a prisão, o agente tem inúmeras e complexas atividades, de acordo com o território, a estrutura física da unidade prisional e a quantidade de presos junto aos quais ele atua.…”
Section: Prisões E Agentes De Segurança Penitenciáriosunclassified
“…Como visto, o cuidado e a relação humanizada com os presos-pacientes diferenciam o trabalho do agente, no HPJJV, do que ocorre em uma prisão convencional. Apesar de não fazermos aqui um estudo comparativo com o trabalho dos agentes de prisões tradicionais, a revisão de literatura mostra que o elemento "cuidado" não se encontra comumente vinculado ao trabalho do agente penitenciário, enquanto profissão (Bezerra, Assis & Constantino, 2016). A fala de um dos participantes é esclarecedora, a esse respeito: "É diferente, sabe?…”
Section: "Um Médico Aqui Do Hospital Fala Que Nós Somos Agentes Penitunclassified
“…A literatura vem apontando que a categoria de agente penitenciário (AP) pode ser classificada como uma ocupação arriscada e estressante, podendo ocasionar distúrbios físicos e psicológicos, já que o risco e a vulnerabilidade são inerentes ao trabalho no cár-cere (Lourenço, 2010). Entre os fatores de risco destacam-se a sobrecarga de trabalho, a falta de recursos materiais e humanos, contato com os presos e o paradoxo punir/reeducar, produzindo sofrimento psíquico, síndrome de burnout, estresse (Bezerra, Assis, & Constantino, 2016), além de mobilizar ansiedades paranoides (Rumin, Barros, Cardozo, Cavalhero, & Atelli, 2011).…”
Section: Introductionunclassified
“…Posteriormente, um estudo procurou explicar essas modificações, tanto no nível fisiológico quanto psicológico, nos indivíduos submetidos ao estresse. A despeito de uma multiplicidade de conceituações para o estresse, identificada nas pesquisas sobre o tema, Bezerra et al (2016) concluíram que um aspecto que aproxima todas elas está na origem ou fonte do estresse: o ambiente. Além disso, deve-se considerar que a relação causal entre ambiente e indivíduo não é facilmente identificada, uma vez que diferentes estímulos produzem diferentes respostas, em indivíduos não similares, em tempos também diversos (BEZERRA et al, 2016).…”
unclassified