“…No início da era Cristã surge um segundo conjunto cerâmico, relacionado à Tradição Tupi-Guarani, ligado à família linguística homônima (Quadro 2). A variabilidade e profundidade cronológica do material arqueológico, assim como a diversidade das línguas Tupi-Guarani encontradas na região, permitem que se especule que foi a partir da região Xingu-Tocantins que esses grupos começa-ram a migrar e a se expandir para outras áreas das terras baixas sul-americanas Neves, 2015 Fonte: Simões;Araújo-Costa, 1987;Almeida, 2013a;Garcia, 2016. Pode-se pensar, com base na análise e datação dos sítios arqueológicos, que, por volta de mil anos AP, o encontro dos rios Tocantins e Araguaia era um grande núcleo de ocupação dos Tupi-Guarani (Almeida, 2016). Para essa mesma época, essa "homogeneidade cultural" Tupi-Guarani presente no encontro dos rios Araguaia e Tocantins não pode ser identificada rio abaixo, na Nimuendajú (2000), que chegou a escavar sítios na região a jusante da cachoeira de Tucuruí nos anos 1930. da passagem do etnólogo pelo local fica a relação que ele especula existir entre a cerâmica local e a famosa cerâmica Marajoara, o que não chega a ser uma surpresa, lembrando que o Tocantins deságua justamente na ilha de Marajó.…”