2015
DOI: 10.1590/0104-93132015v21n3p483
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Do Direito À Cidade Ao Fazer-Cidade. O Antropólogo, a Margem E O Centro

Abstract: Para introduzir esta reflexão, eu devo dizer logo de saída que o vínculo que será estabelecido aqui entre etnografia das margens e antropologia da cidade não pretende reproduzir a oposição radical ou mesmo "ontológica" entre a marginalidade e a centralidade em si. Muito ao contrário, eu pretendo descrever uma dinâmica, uma dialética, uma relação necessária e, por fim, certa continuidade entre uma e outra. Mais profundamente, eu desejo implementar um método que permita pensar a universalidade da cidade fora de … Show more

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“…Nossa proposta é refutar essa premissa dizendo, junto com outros autores da antropologia como Agier (2015) e Magnani (2012), que o que nos interessa na definição da cidade são suas margens, justamente aquele espaço em que a conformação e as propriedades do território estão sendo disputadas. Essa prioridade está baseada na definição de que a cidade é o "movimento de fazer a cidade" (AGIER, 2015), uma vez que a cidade é um "objeto virtual" que é ultrapassado pelo urbano, fenômeno que caracteriza a sociedade contemporânea (LEFEBVRE, 2001).…”
Section: Cidade Em Transformaçãounclassified
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“…Nossa proposta é refutar essa premissa dizendo, junto com outros autores da antropologia como Agier (2015) e Magnani (2012), que o que nos interessa na definição da cidade são suas margens, justamente aquele espaço em que a conformação e as propriedades do território estão sendo disputadas. Essa prioridade está baseada na definição de que a cidade é o "movimento de fazer a cidade" (AGIER, 2015), uma vez que a cidade é um "objeto virtual" que é ultrapassado pelo urbano, fenômeno que caracteriza a sociedade contemporânea (LEFEBVRE, 2001).…”
Section: Cidade Em Transformaçãounclassified
“…Nossa proposta é refutar essa premissa dizendo, junto com outros autores da antropologia como Agier (2015) e Magnani (2012), que o que nos interessa na definição da cidade são suas margens, justamente aquele espaço em que a conformação e as propriedades do território estão sendo disputadas. Essa prioridade está baseada na definição de que a cidade é o "movimento de fazer a cidade" (AGIER, 2015), uma vez que a cidade é um "objeto virtual" que é ultrapassado pelo urbano, fenômeno que caracteriza a sociedade contemporânea (LEFEBVRE, 2001). Portanto, as disputas pela ocupação dos espaços da cidade, as formas materiais que essas ações produzem -como os condomínios fechados com seus espaços de geometria funcional perfeita; as favelas e vilas com o espaço constituído por suas moradias frágeis, improvisadas e provisórias, dizem muito sobre a realidade da cidade.…”
Section: Cidade Em Transformaçãounclassified
“…Desde 1984 (HARVEY, 2012;AGIER, 2015;BRENNER;SCHIMID, 2015). Para esses teóricos, a cidade é entendida como arena de disputas políticas que englobam lutas simbólicas e culturais, na busca por legitimação de ocupar determinado espaço.…”
Section: Introductionunclassified
“…Quando compreendemos esse "agir urbano como movimento e desejo" (Agier, 2015), consideramos significativo aproximar a leitura de Perlongher com os movimento-ações exercitados durante o evento Periferia Trans e os manejos de acesso e desejo dentro de cada bar, resguardando que os pontos de saída de cada percepção possuem sentidos distintos: Perlongher está preocupado em refletir sobre prostituição viril, a análise sobre o movimento não é o foco principal, pelo menos não da mesma maneira que trabalhamos; as/os participantes do Periferia Trans estão interessadas/os nos usos que são feitos da cidade: afinal de contas, para quem ela serve? O que o binômio "centro-periferia" diz sobre seus cotidianos?…”
Section: Considerações Finais "Transando Com a Cidade"unclassified
“…Ao recorrermos à expressão "transar com a cidade", notamos que o movimento e o desejo exercitados interpelavam certa necessidade daquelas/es jovens de ocuparem a própria localidade, aspectos que possuíam conexão com a seguinte fala de Tarcísio: "a cidade não se relaciona com a periferia". Com o decorrer da pesquisa observamos que não se tratava apenas de uma busca pelo direito à cidade, mas era um exercício que propunha "fazer-cidade" (Agier, 2011(Agier, , 2015, exatamente por esse motivo consideramos oportuno argumentar a favor do que chamamos de movimento-ação.…”
Section: "Fazer-cidade"unclassified