A Pesquisa-ação na formação continuada em Educação Ambiental para professores de matemática

Abstract

RESUMO Este artigo, que parte de uma pesquisa de doutorado, apresenta e analisa as implicações de um trabalho de formação continuada em educação ambiental e educação matemática baseado nos pressupostos da pesquisa qualitativa da “Pesquisa-Ação”. A formação realizada, envolveu oito professores de matemática dos anos finais do Ensino Fundamental da rede municipal e estadual de São Sebastião do Caí, estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Os procedimentos utilizados nesta formação seguiram os passos de planejamento, ação, observação e reflexão para tomada de decisões. Este artigo está fundamentado principalmente nas ideias de Carvalho (2001), Jacobi (2005), Sorrentino (2001), Castro (2001), Penteado (2010), Behrens (1996), Thiollent (1985,1998) e de acordo com os dados coletados, percebeu-se que a formação desenvolvida, deu subsídios teórico-práticos aos educadores para que realizassem práticas de sala de aula que fomentassem o desenvolvimento da consciência ambiental dos envolvidos no processo educativo e também, por meio do desenvolvimento das atividades envolvendo temáticas ambientais nas aulas, contextualizar a matemática, aproximando-a da realidade local dos estudantes.

Educação Ambiental e a sua abordagem na Educação Básica

“…Por ter tanta relevância, os docentes possuem um grande papel dentro da EA, já que: Através de ações pedagógicas que promovam a formação da conscientização ambiental, mudança de atitudes, desenvolvimento de conhecimentos e participação dos alunos, a educação trará a sua contribuição para o desenvolvimento de uma sociedade sustentável (LIELL;BAYER, 2019, p.232).…”

Astronomia cultural, investigação-ação e a mobilização de saberes na formação de professores de ciências.

“…102 Pesquisas recentes 48 (Benite;Camargo;Benite, 2021;Carneiro;Cavassan, 2020;Liell;Bayer, 2019;Martines;Rossarolla, 2018;Oliveira;Obara, 2018;Paniago et al, 2020) nas quais a investigação-ação ou a pesquisa-ação foram utilizadas na formação de professores de Ciências da Natureza (inicial e continuada) apontam e reforçam que esse tipo de estratégia tem contribuído para: formações mais contextualizadas no ambiente escolar; aproximação com a realidade; integração entre teoria e prática; aprendizagem com significado por meio de situações vivenciadas, favorecendo a elaboração da experiência; e identificação de problemas pertencentes à própria prática acompanhada de investigação e reflexão crítica. Problemas apontados como pertencentes tanto para a formação de professores de ciências, no geral, como para a formação de professores de ciências em astronomia, em específico, de acordo com a discussão apresentada anteriormente.…”