A educação permanente e as impermanências na educação

Abstract

RESUMONeste trabalho discutimos as conexões entre as transformações socioculturais advindas com a condição pós-moderna e a concepção de educação permanente. O corpus de análise é o livro Aprender a ser, de Faure et al. (1972), resultante de relatório da Comissão Internacional para o Desenvolvimento da Educação, presidida por Edgar Faure, e estabelecida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). A partir da noção de "aprender a ser", delineamos e problematizamos as condições históricas que tornaram possível a emergência da educação permanente e sua formulação como um imperativo contemporâneo. Nosso objetivo foi questionar a rede de poder-saber que tem tracejado, mantido e disseminado as políticas de educação permanente e suas relações com o "aprender a ser". Procuramos mostrar que tais políticas estimulam os sujeitos a se remodelarem constantemente frente à diversificação constante de demandas não apenas socioculturais, mas também políticas e econômicas. Argumentamos que a educação permanente surge como uma resposta às impermanências da vida contemporânea, como uma forma de monitorar e administrar seus efeitos. Ressaltamos o jogo de permanências-impermanências que abre espaços de administração e, ao mesmo tempo, de invenção.Palavras-chave: Educação. Educação permanente. Política educativa. Biopolítica e educação.

Educação permanente mediada pela incubadora de aprendizagem: (re)significação do cuidado em saúde

“…A educação permanente em saúde possibilita, nessa direção, resposta às instabilidades da vida hodierna e, sobretudo, questionamentos a modelos tradicionais, marcados pela repetição, homogeneização e produção a qualquer custo. (Rosseti et al, 2019;Camazzato;Costa, 2017).…”

Narrativas de cuidadores do serviço de atenção domiciliar em Manaus sobre educação permanente na saúde

“…Com a iniciativa da UNESCO foi criado em 1971 uma comissão composta por 07 especialistas de vários países. O resultado foi divulgado em 1972 com o título vivaz Apprendre à Étre (aprender a ser), mas que se notabilizou mesmo com o nome de Relatório Faure 16 em menção a Edgar Faure, presidente da Comissão e ex-Ministro da Educação da França. Espremido esse relatório, realça-se de forma insistente para a necessidade de transformações radicais relativas ao ato educativo, ao espaço educativo e ao tempo da educação.…”