RESUMOCom base nas metáforas do legislador (associado à modernidade) e intérprete (associado à pós-modernidade), discutidas por Zygmunt Bauman, este artigo problematiza alguns dos embates em torno dos significados da pedagogia, procurando mostrar os investimentos para legislar fundamentado nesse princípio, e também a operação de interpretar com as pedagogias. O mote central encontra-se no fato de que as formas de demarcar, definir, cercar o conceito de pedagogia, relaciona-se com uma vontade que é a de legislar sobre a sociedade e seus indivíduos. Com as fecundas transformações que têm reconfigurado a sociedade e o estado da cultura, argumenta--se que houve uma necessidade para que a pedagogia se adequasse a essas reconfigurações, atuando como intérprete da cultura -o que proporcionou, por sua vez, a pluralidade do conceito de pedagogia e das intenções que a atravessam.PALAVRAS-CHAVE pedagogia; pós-modernidade; Bauman.http://dx
Problematiza algumas das transformações nos espaços-tempos do ensinar e do aprender, pensando em possíveis articulações entre as mudanças produzidas pela modernidade líquida e o que vem sendo denominado – entre outros termos – de sociedade pedagógica. O corpus é composto por porções das obras Pedagogia, de Lorenzo Luzuriaga, Introdução à Pedagogia, de Émile Planchard, e A sociedade pedagógica, de Jacky Beillerot. Sugere que houve expansão dos domínios da pedagogia, proliferando sua atuação para além das paredes escolares e possibilitando que infindáveis lugares sejam alçados à condição de ensinantes.
Interessa-nos discutir a condição própria da pedagogia de pretender dar forma ao atuar sobre os sujeitos. Focamos, sobretudo, uma das definições (contestadas) de pedagogia: a que a compreende como arte. Discutimos tal definição, evidenciando que, no tempo presente, com as transformações culturais, parece imperar, muito mais, a noção de artes da pedagogia. Tal noção pode indicar um refinamento que vem ocorrendo nas condições culturais contemporâneas para que os sujeitos se voltem sobre si mesmos, refinem suas artes e passem a operar incessantemente sobre si. Desponta, assim, esse deslocamento da pedagogia como arte (na qual há a necessidade de um educador-artista para dar forma aos sujeitos) para as artes da pedagogia, em que cada um se torna o mestre de si mesmo e atua sobre si, a fim de produzir formas díspares e variadas de vida.
O objetivo é problematizar as transformações no estado da cultura e, principalmente, suas repercussões no conceito de pedagogia. Procura-se discutir o quanto essas transformações têm sido elementos importantes nas flexões da pedagogia, fazendo com que seja pluralizada em sua denominação e em seus espaços de atuação. Parte-se da hipótese de que a pedagogia procura responder às exigências que cada tempo coloca para a produção de tipos de sujeitos que lhe correspondam, levando adiante o mundo em que vivem. O argumento é sobre o que é denominado de pedagogias do presente: ou seja, pedagogias que se organizam e funcionam num processo de atualização e reconfiguração constantes. As pedagogias parecem atuar para forjar os sujeitos do presente.
RESUMONeste trabalho discutimos as conexões entre as transformações socioculturais advindas com a condição pós-moderna e a concepção de educação permanente. O corpus de análise é o livro Aprender a ser, de Faure et al. (1972), resultante de relatório da Comissão Internacional para o Desenvolvimento da Educação, presidida por Edgar Faure, e estabelecida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). A partir da noção de "aprender a ser", delineamos e problematizamos as condições históricas que tornaram possível a emergência da educação permanente e sua formulação como um imperativo contemporâneo. Nosso objetivo foi questionar a rede de poder-saber que tem tracejado, mantido e disseminado as políticas de educação permanente e suas relações com o "aprender a ser". Procuramos mostrar que tais políticas estimulam os sujeitos a se remodelarem constantemente frente à diversificação constante de demandas não apenas socioculturais, mas também políticas e econômicas. Argumentamos que a educação permanente surge como uma resposta às impermanências da vida contemporânea, como uma forma de monitorar e administrar seus efeitos. Ressaltamos o jogo de permanências-impermanências que abre espaços de administração e, ao mesmo tempo, de invenção.Palavras-chave: Educação. Educação permanente. Política educativa. Biopolítica e educação.
elaboração do currículo para Educação Infantil é considerada como um processo complexo que abrange diversos aspectos que vem desde o sistema social até o aluno. Sobretudo após a homologação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que busca atender às demandas dos estudantes do século XXI e que tem, ainda, como central a noção de que eles devem ser os protagonistas da educação e da sociedade em que vivem. A importância do Ensino de Ciências na Educação Infantil tem sido muito discutida por pesquisadores da área em todo mundo. As pesquisas demonstram que o ensino de Ciências deve proporcionar a todos os cidadãos os conhecimentos e oportunidades de desenvolvimento de capacidades necessárias para se orientarem em uma sociedade complexa, compreendendo o que se passa à sua volta, tomando posição e intervindo em sua realidade. Nesse sentido, este artigo utiliza a pesquisa bibliográfica para analisar a metodologia Montessori como alternativa para elaboração de um currículo para Educação Infantil que aborde o ensino de ciências nessa etapa da educação básica. Ademais, é destacado que o pilar “Educação Cósmica” de Montessori vem de encontro ao campo de aprendizagem “Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações” da BNCC, permitindo trabalhar o tema nessa etapa da educação básica.
RESUMOAnaliso o conceito de racismo a partir de suas relações com o tema dos discursos corporais e sua centralidade na produção dos sujeitos contemporâneos. Atravessa esta discussão a problemática de que o processo de investimento e valorização do corpo não pode ser apartado de todas as discussões suscitadas pelo crescente investimento sobre a vida advinda pelo biopoder -um poder que se pauta por "fazer viver e deixar morrer" e que também implica, no caso das discussões empreendidas neste artigo, em práticas racistas que envolvem a apartação dos nomeados como "diferentes" numa desenfreada busca pela "pureza", referida nas escritas analisadas como sendo uma característica de pessoas "magras" em oposição às "gordas". Discuto, portanto, a existência de atualizações do racismo no contemporâneo quando se trata de matar também pelas palavras, silêncios, julgamentos morais, em suma, pelas construções diferenciais dos "outros" em prol das referências identitárias.
A obra objetiva problematizar as articulações entre educação, sociedade e pedagogias a partir da noção de que há, na esfera social, tensões e disputas em torno do que conta como conhecimento e saber. Nessa direção, entende que a educação e as múltiplas pedagogias não cessam de serem produzidas fora e dentro da escola, demonstrando uma retroalimentação constante entre a sociedade e as práticas, artefatos e instituições criadas para produzir sujeitos a partir de certos cenários, discursos e tecnologias de poder históricos, culturais e contingentes.
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