“…[18][19][20] Verifica-se no debate sobre a gravidez na adolescência um cenário possível para explorar conhecimentos de contribuição à educação médica ou dos demais profissionais de saúde e sobre a pesquisa em saúde e comportamento, pois entram em cena a estrutura socioeconômica, a oferta de equipamentos de educação e cultura, a implementação da integração ensino-serviço na saúde, as oportunidades de enfrentamento das exposições sócio-históricas e psicoafetivas, a sexualidade, as políticas de gênero e saúde reprodutiva, a diversidade na orientação sexual e as noções de corpo, juventude, risco e vulnerabilidade. [1][2]4,14,19 Deste modo, gravidez, maternidade e paternidade podem ser estudadas integradas aos sistemas de valores mais amplos no contexto das concepções de corpo, reprodução e relações de gênero, onde adquirem multivariados significados. 12,19,21 Ainda que gravidez, maternidade e paternidade possuam caráter social, são percebidas pelos profissionais de saúde como processos de caráter natural, sendo de imposição racional na educação escolar de modo geral e na formação profissional de maneira sofisticada ("determinantes" sociais do sersaudável-adoecer-curar-se).…”