2015
DOI: 10.1590/0104-026x2015v23n1p/119
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Usos e incompreensões do conceito de gênero no discurso educacional no Brasil

Abstract: Gênero é um conceito de difícil compreensão e tem se tornado praticamente sinônimo de sexo na linguagem comum e até mesmo acadêmica. Este trabalho, financiado pelo CNPq, assinala usos e incompreensões deste conceito no campo educacional no Brasil e suas implicações para as políticas e práticas educacionais. Primeiro, enfoca a substituição da variável sociológica sexo por gênero, em formulários de identificação e tabelas de caracterização de sujeitos, e a confusão entre paridade de sexo e equidade de gênero, qu… Show more

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“…O termo gênero foi apropriado pelas teóricas feministas na década de 1960, para refletir, contrastar e descrever os aspectos sociais além do sexo biológico, que contribuem na construção das identidades femininas ou masculinas (CARVALHO, 2001;CARVALHO;RABAY, 2015;NICHOLSON, 1994). A partir da década 1980, tal termo é utilizado como uma ferramenta analítica e política para se referir aos comportamentos e relações hierárquicas nos construtos sociais, culturais e históricos, baseados nas diferenças que distinguem os sexos (FONSECA, 2008;KELLER, 2006;MATOS, 2013;NICHOLSON, 1994;SCHIEBINGER, 2001;SCOTT, 1995).…”
Section: As Questões Relacionadas a Gênero No Ensino De Ciências Natuunclassified
“…O termo gênero foi apropriado pelas teóricas feministas na década de 1960, para refletir, contrastar e descrever os aspectos sociais além do sexo biológico, que contribuem na construção das identidades femininas ou masculinas (CARVALHO, 2001;CARVALHO;RABAY, 2015;NICHOLSON, 1994). A partir da década 1980, tal termo é utilizado como uma ferramenta analítica e política para se referir aos comportamentos e relações hierárquicas nos construtos sociais, culturais e históricos, baseados nas diferenças que distinguem os sexos (FONSECA, 2008;KELLER, 2006;MATOS, 2013;NICHOLSON, 1994;SCHIEBINGER, 2001;SCOTT, 1995).…”
Section: As Questões Relacionadas a Gênero No Ensino De Ciências Natuunclassified
“…As formas como a mulher é representada nos livros didáticos, em seus textos e imagens, podem corroborar com os estereótipos construídos ao longo da história tradicional que, costumeiramente, acaba por relegar à mulher o papel de coadjuvante nos processos históricos da qual faz parte. Pensar como as questões de gênero são abordadas, tirando-as da superficialidade, contrapõe-se às representações que relegam a mulher papéis como tão somente o de donas de casa, esposas, professoras etc, tirando delas o papel de protagonistas da história, sujeito que produz história e é capaz de modificá-la, tal como pontuaram pesquisadoras das relações de gênero e dos estudos de/sobre mulheres, a exemplo de Del Priore (1989), Louro (1997;2002), Carvalho (2021), Carvalho e Rabay (2015).…”
unclassified
“…ao analisar as representações do negro no livro didático. TambémCarvalho (2015), ao estudar as mulheres negras no livro didático de História identifica o mesmo fenômeno.Os autores dos livros didáticos analisados, de um modo geral, trabalham a categoria gênero de maneira superficial e sob o ponto de vista biologizante, resumindo somente entre as diferenças entre homens e mulheres. Não há o favorecimento de uma abordagem crítica que permita aos educandos/as o rompimento com os estereótipos construídos social e culturalmente que acentuam as diferenças entre homens e mulheres.Desse modo, refletir sobre os estereótipos produzidos a partir dessas imagens e textos é elemento importante no processo de reconhecimento do papel das mulheres em toda construção histórica.…”
unclassified
“…A desconstrução da relação binária e a introdução do caráter relacional passaram a desnaturalizar as desigualdades e as condições de opressão, possibilitando a transformação da realidade (Araújo, 2005;Carvalho, Rabay, 2015). A propósito, conforme Simone de Beauvoir (1970), a mulher é uma construção social; assim, gênero deve ser entendido como uma construção social.…”
Section: N T R O D U ç ã O | 49unclassified
“…Segundo Minayo (2008, p. 57 A vertente qualitativa se apoiou nos depoimentos de homens e mulheres que tiveram tuberculose no ano de 2016, que se constituiu em matéria-prima para análise e compreensão da relação da categoria gênero com o processo de adesão ao tratamento da TB. A escolha por esse tipo de método deve-se à assunção de que a linguagem expressa a consciência e, neste sentido, possibilita identificar símbolos e signos que representam a realidade vivida pelos sujeitos, seus pensamentos, sua prática e atitudes (Bertolozzi, 2005 (Carvalho, Rabay, 2008;Fonseca, 2008 Considera-se caso novo quando o paciente não foi submetido à terapia antituberculosa, ou fez tratamento por menos de 30 dias ou há mais de cinco anos (Brasil, 2011a).…”
Section: )unclassified