Políticas de HIV/Aids, ativismo e antropologia: conversando com Richard Parker

Abstract

Desde cedo atento às implicações sociais e políticas da epidemia de Aids no corpo social, foi um dos atores centrais para a efetivação do que ficou conhecido como a resposta brasileira ao HIV/ Aids. Graduado e doutor em Antropologia pela University of California, autor e organizador de diversos livros, artigos, coletâneas, conferências, boletins, entre outras publicações, é um dos autores indispensáveis para uma análise crítica e engajada dos caminhos pelos quais políticas de saúde são pensadas, desde o processo de planejamento à sua execução.Aproveitamos sua ida ao VIII Congresso Brasileiro em Ciências Sociais e Humanas em Saúde, da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), nos dias 26 a 30 de setembro de 2019, em João Pessoa/PB, para dialogar sobre sua trajetória no campo, bem como para discutir suas percepções sobre o quadro político e epidemiológico da Aids nos dias de hoje. A entrevista foi realizada no dia 28 de setembro de 2019, na Universidade Federal da Paraíba, por pesquisadores do Grupo de Pesquisa em Saúde, Sociedade e Cultura (Grupessc). Fez parte das atividades do projeto de pesquisa 'Fases e Faces do HIV/Aids na Paraíba', desenvolvido pelo Grupessc entre 2018 e 2020, com o objetivo de investigar a incorporação das tecnologias farmacológicas de prevenção ao HIV no estado da Paraíba.

Outsourcing Bureaucracy to Evade Accountability: How Public Servants Build Shadow State Capacity

“…I then conduct a plausibility probe of my argument about how some programs escaped the negative effects of accountability rules by zooming in on two pockets of effectiveness that are otherwise quite different (George and Bennett 2005, 75; González Ocantos 2020): the Bolsa Família cash transfer program and the AIDS program. Both the Bolsa Família cash transfer program (Hunter and Sugiyama 2014; Soares, Ribas, and Osório 2010; Sugiyama 2013) and the AIDS program (Flynn 2015; Galvão 2000; Lieberman 2009; Nunn 2009; Parker 2003; Rich 2019; World Bank 2004b) have been praised internationally for their capable and committed bureaucrats and for the effective use of their budgets. Yet Bolsa Família and the AIDS program score differently on variables commonly thought to produce capable social welfare programs.…”

“…To make this argument, I focus on evidence from two widely documented pockets of effectiveness in Brazil that are otherwise quite different: the Bolsa Família conditional cash transfer program and the AIDS program (Flynn 2015; Galvão 2000; Lieberman 2009; Nunn 2009; Parker 2003; Rich 2019; World Bank 2004b). Bolsa Família was created in 2003 under a left-wing government during a period of economic prosperity.…”