2020
DOI: 10.1590/0102.3772e36nspe2
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Trabalho Feminino: Uma Revisão Sistemática da Literatura em Psicodinâmica do Trabalho

Abstract: Resumo A despeito de considerar a divisão sexual do trabalho como um problema, a psicodinâmica do trabalho ainda não investiga, de maneira aprofundada, as diferenças de gênero no trabalho. Este estudo objetivou realizar uma revisão sistemática dos estudos sobre a psicodinâmica do trabalho feminino nas principais bases de dados nacionais e internacionais, nos idiomas inglês, português, francês e espanhol. Os resultados evidenciaram que, do total de 236 artigos selecionados para revisão, apenas 29 tratam do trab… Show more

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“…O esforço empreendido para realizar tarefas do cotidiano no interior dos lares tem implicações negativas na saúde das mulheres e, assim, favorece seu adoecimento. (10) Assim, sob responsabilidade feminina quase que exclusiva, o trabalho doméstico se encontra encoberto e obscurecido nos cotidianos familiares, invisível nas dimensões sociais, culturais e econômicas da sociedade e desvalorizado até mesmo pelas próprias mulheres quando não o percebem como trabalho, mas como uma obrigação feminina. (11) Fatores como idade, situação conjugal, número de filhos/as, chefia da família e lazer, assim como o elevado volume de trabalho não remunerado, como a dupla jornada e o trabalho de cuidar da família, associados aos componentes emocionais, são considerados como intensificadores de adoecimento psíquico em mulheres.…”
Section: Discussionunclassified
“…O esforço empreendido para realizar tarefas do cotidiano no interior dos lares tem implicações negativas na saúde das mulheres e, assim, favorece seu adoecimento. (10) Assim, sob responsabilidade feminina quase que exclusiva, o trabalho doméstico se encontra encoberto e obscurecido nos cotidianos familiares, invisível nas dimensões sociais, culturais e econômicas da sociedade e desvalorizado até mesmo pelas próprias mulheres quando não o percebem como trabalho, mas como uma obrigação feminina. (11) Fatores como idade, situação conjugal, número de filhos/as, chefia da família e lazer, assim como o elevado volume de trabalho não remunerado, como a dupla jornada e o trabalho de cuidar da família, associados aos componentes emocionais, são considerados como intensificadores de adoecimento psíquico em mulheres.…”
Section: Discussionunclassified
“…O desempenho dos papéis das mulheres nas relações entre o sistema família e trabalho pode gerar conflitos, principalmente em função das expectativas sociais criadas em torno disso (Antloga et al, 2020). No presente estudo, esse aspecto pode estar relacionado à observação do maior envolvimento com as crianças pelas mães com jornada de trabalho integral e extensa, mas maior utilização da punição e uso de práticas parentais menos democráticas e menor suporte emocional.…”
Section: Discussionunclassified
“…Essas mudanças causaram impactos nas famílias e no cuidado das crianças, assim, as mulheres adquiriram novas demandas que se acumularam àquelas relacionadas ao trabalho doméstico não remunerado, que permaneceram (Fontoura & Moreira, 2016;Monteiro et al, 2018). Embora se reconheça a importância de que as mulheres desempenhem atividade remunerada (Senicato et al, 2016), tanto para sua identidade quanto para a autoestima, o sentimento de autonomia, a satisfação pessoal e o reconhecimento social (Barham & Vanalli, 2012), estudos sobre o trabalho das mulheres revelam que várias expectativas em torno disso são geradoras de sofrimento (Antloga et al, 2020). Entre essas expectativas, destacam-se aquelas relacionadas com a conciliação dos papéis de trabalhadora e mãe, o que pode acarretar uma sobrecarga às mulheres mães e favorecer o aumento dos níveis de estresse, cansaço e fadiga, comprometendo o seu envolvimento na educação dos (as) filhos (as) (Cordero-Coma & Esping-Andersen, 2018;Vikram et al, 2018).…”
unclassified
“…Mulheres são, predominantemente, responsabilizadas pelo trabalho doméstico, pelo desempenho de funções não remuneradas, pela subsistência da própria família e exercem profissões vinculadas ao cuidado (como enfermagem e magistério), que, conjuntamente com os salários mais baixos, as longas jornadas, a precarização das condições de trabalho, o assédio moral e sexual, formam as vulnerabilidades atreladas à desvalorização e invisibilidade do trabalho feminino, geradoras de sofrimento (Antloga et al, 2020). A vivência do adoecimento as fragiliza ainda mais, uma vez que influi, muitas vezes, em debilidade física e redução da capacidade funcional, consequente afastamento do trabalho e restrições financeiras e de interações sociais (Reis et al, 2018).…”
Section: Trabalho Feminino E Câncerunclassified