2016
DOI: 10.1590/0102-4698144920
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O Investimento Na Formação Do Cidadão Do Futuro: A Aliança Entre Economia E Educação Infantil Como Estratégia Da Governamentalidade Contemporânea

Abstract: RESUMO: O artigo apresenta resultados de uma pesquisa que, a partir dos estudos de Michel Foucault, problematiza os modos como as crianças são significadas como capital humano em documentos produzidos por analistas econômicos, os quais servem de referência aos países em desenvolvimento para a proposição de políticas de Educação Infantil. Para tanto, são tomados como materialidade investigativa os seguintes documentos produzidos pelo Banco Mundial: 1) Como investir na primeira infância: um guia para a discussão… Show more

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“…A agenda latino-americana para a Educação Infantil está atualmente alicerçada na intersecção de duas lógicas discursivas: uma referenciada nos direitos sociais das crianças, consubstanciados em legislações nacionais específicas; outra, na lógica economicista, que atribui à Educação Infantil o papel de promover a formação do cidadão do futuro (SHORE; WRIGHT, 1997;MOSS, 2011;CAMPOS;CAMPOS, 2012;CARVALHO, 2016 No segundo semestre de 2005, foi aprovado no Congresso Nacional um projeto de lei que, contando com o aceite da Presidência da República, redefiniu a faixa de ingresso das crianças aos 6 anos no Ensino Fundamental. Esse encaminhamento, sem discussão com os educadores organizados, sem nenhum tipo de consulta à população, à sociedade civil, ao CNE e ao MEC, demonstrou profundo desrespeito com os processos educacionais (CRAIDY; BARBOSA, 2012).…”
Section: Impasses: Os Assédios à Educação Infantilunclassified
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“…A agenda latino-americana para a Educação Infantil está atualmente alicerçada na intersecção de duas lógicas discursivas: uma referenciada nos direitos sociais das crianças, consubstanciados em legislações nacionais específicas; outra, na lógica economicista, que atribui à Educação Infantil o papel de promover a formação do cidadão do futuro (SHORE; WRIGHT, 1997;MOSS, 2011;CAMPOS;CAMPOS, 2012;CARVALHO, 2016 No segundo semestre de 2005, foi aprovado no Congresso Nacional um projeto de lei que, contando com o aceite da Presidência da República, redefiniu a faixa de ingresso das crianças aos 6 anos no Ensino Fundamental. Esse encaminhamento, sem discussão com os educadores organizados, sem nenhum tipo de consulta à população, à sociedade civil, ao CNE e ao MEC, demonstrou profundo desrespeito com os processos educacionais (CRAIDY; BARBOSA, 2012).…”
Section: Impasses: Os Assédios à Educação Infantilunclassified
“…Nesse contexto, o presente artigo é decorrente de uma pesquisa que, a partir do campo de estudos das Políticas de Educação Infantil (NUNES; CORSINO, 2009;CAMPOS, 2012;AMORIM;DIAS, 2012;BARBOSA, 2012;NUNES, 2013;CRAIDY, 2014;FLORES;ALBUQUERQUE, 2015;CAMPOS;BARBOSA, 2015;CARVALHO, 2015CARVALHO, , 2016 e das contribuições dos Estudos da Infância (BUJES, 2002;PENN, 2002;BARBOSA, 2010;MOSS, 2011;FOCHI, 2015), tem como objetivo elucidar e problematizar os modos de legislar a Educação Infantil no Brasil. Para tanto, metodologicamente, é traçado um panorama das Políticas de Educação Infantil com base na análise de documentos produzidos após a Constituição Federal de 1988 (BRASIL, 1988). São destacadas as conquistas em relação à educação das crianças, bem como os embates e os desafios que têm sido enfrentados no campo da Educação Infantil em nosso país.…”
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“…A pedagogia do cotidiano de forma alguma nega a "formação intelectual das crianças e a apropriação de outros saberes" (Rocha; Lessa; Buss-Simão, 2016, p. 46) advindos dos campos de experiências, mas se opõe incisivamente à antecipação do trabalho desenvolvido pelos anos iniciais do ensino fundamental na educação infantil. Afinal, contrapomonos à perspectiva educacional propedêutica defendida pelos economistas de que as crianças devem ser consideradas capital humano a ser investido desde a mais tenra idade (Carvalho, 2016).Nesse sentido, afirmamos que, com base nas atividades da vida cotidiana, as crianças podem encontrar verdadeiros laboratórios: laboratório de cidadania, de participação e emancipação social, cultural e democrática; laboratório para aprender sobre a complexidade e os mistérios do mundo; laboratório da fantasia e da imaginação; laboratório estético e de experimentações diversas.Para tal, este artigo está organizado em quatro partes. Na primeira, recuperamos a noção de currículo proposta pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (DCNEI) e, com sua utilização, mostramos como entendemos o lugar do cotidiano.…”
unclassified
“…Tais estudos problematizam, entre outras questões: os discursos de universalização do acesso ao ensino/escolarização como garantia do direito à educação (de qualidade) para todos; programas e ações de centralização curricular e seus impactos em diferentes segmentos do ensino; ações e pesquisas de avaliação em larga escala nos diversos níveis de ensino utilizados como indicadores de qualidade da educação; e a relação entre economia e EI traduzida em políticas públicas de escolarização da infância, desenvolvidas em âmbito nacional e por orientação de organizações internacionais -Plano de desenvolvimento Nacional (PNE), Banco Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), testagens psicométricas (ASQ3) integrando políticas para o Desenvolvimento da Primeira Infância (DPI) são alguns dos programas e estratégias governamentais apontadas por Carvalho (2016), Frangella (2016), Vieira, Côco (2016), Macedo, Frangella(2016), Menegão (2016).…”
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