Introdução: O novo coronavírus SARS-CoV-2, causador da doença COVID-19, apresenta um espectro clínico variável, podendo causar infecções assintomáticas e oligossintomáticas, mas que podem evoluir necessitando de atendimento hospitalar e até mesmo de suporte ventilatório. Desta forma, o estudo tem por objetivo descrever por meio de indicadores o impacto da pandemia sobre a disponibilidade de leitos de internação nos municípios do Estado do Rio de Janeiro. Material e métodos: Foi realizado um estudo ecológico espacial transversal, com abordagem quantitativa. Os dados foram baseados nos boletins epidemiológicos para acompanhamento dos casos de COVID-19 nos municípios do estado do Rio de Janeiro, relativos ao período de 01 de março a 13 de junho de 2020, onde foram analisadas 9 regiões de saúde que englobam os 92 municípios do estado. Resultados e discussão: Observou-se que a região de maior incidência, equivalente a 3,47/100.000 habitantes, corresponde a região da Baixada Litorânea, contudo considerando a população absoluta o maior número de casos ocorreu na região Metropolitana I, com 197.445, sendo 144.199 no município do Rio de Janeiro. Além da análise descritiva foi calculada a correlação de Pearson e o resultado foi de 0,98, ao nível de 5%, o qual confirma que o valor da correlação é significativo. Considerações finais: Fica evidenciado que o Estado deve intensificar as políticas educativas que busquem conscientizar a população sobre a forma de disseminação do vírus e ampliar as estratégias para identificação rápida do vírus, isolamento e tratamento precoce, em virtude de não haver disponibilidade de leitos de internação para atender todos os casos de COVID que evoluam com complicações.