Rastreamento mamográfico do câncer de mama no Sul do Brasil e fatores associados: estudo de base populacional

Abstract

O objetivo foi identificar os fatores associados à realização anual de mamografia em mulheres de 40 a 69 anos residentes em Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. Os dados foram obtidos em dois inquéritos populacionais, um com adultas e outro com idosas, em 2009-2010. Foi estimada a prevalência de realização anual de mamografia e se empregou regressão univariada e multivariada de Poisson para identificar os fatores associados. Participaram do estudo 447 adultas e 510 idosas. A prevalência de realização anual entre adultas foi 43,5% (IC95%: 38,8-48,2), e possuir plano de saúde privado aumentou esta prevalência. Para as idosas, 38,3% (IC95%: 34,0-42,6) realizaram mamografia anual e os fatores associados foram ter companheiro, mais de cinco anos de estudo e pertencer ao quartil de renda mais alto. A utilização do exame de mamografia deve ser independente de qualquer condicionante social, em qualquer faixa etária, promovendo assim redução da mortalidade por câncer de mama.

Prática de exames de rastreio para câncer de mama e fatores associados – Inquérito de Saúde da Mulher em Uberaba MG, Brasil, 2014

“…The study by Schneider et al 18 also observed an MMG practice profile of women with high schooling (12 years of age and above), white, living with a partner, corroborating the results of this study. Lages et al 19 evaluated the profile of non-performing MMG in the state of Piauí and found a higher prevalence of non-realization in brown, single status, smokers, illiterate, and household income under two minimum wages.…”

Motivos Da Não Realização Da Mamografia Por Mulheres Com Idades Entre 60 E 69 Anos

“…A mobilização social com a participação do governo, de grupos de mulheres e comunidade e de profissionais de saúde pode ser uma estratégia para promover a equidade do acesso à mamografia, com vistas à redução da mortalidade por CM. 19 As mulheres da presente investigação acreditavam que, por não apresentarem sinais e sintomas da doença, não necessitavam realizar o exame mamográfico preventivo. Tal crença pode estar relacionada ao fato de o modelo de saúde centrado na promoção da saúde e prevenção de doenças não estar bem introjetado entre as pessoas mais idosas.…”

“…20 Resultado de outros estudos corroboram os achados da presente investigação. Pesquisa realizada em Florianópolis (SC) revelou que 42,1% das idosas do estudo não realizavam o rastreamento mamográfico por acreditarem que o exame fosse desnecessário, 19 e 51,4% das mulheres sexagenárias de Teresina (PI) apontaram como motivo para não realizarem a mamografia o fato de nun ca haverem sentido nada nas mamas. 14 Acrescenta-se que, na investigação conduzida na Turquia, o medo de ser diagnosticada com um tumor mamário foi um dos motivos elencados pelas mulheres de baixa renda para não realizarem o rastreamento mamográfico.…”

Mammogram: Detection of Malign Tumors in Women From Santa Catarina and Brazil

“…This result is also similar to the prevalence of mammograms in Brazil, including the South between 2003 and 2008, and in another study developed in the city of Florianópolis. 12,14 It is highlighted that the World Health Organization (WHO) recommends that 70% of the women between 50 and 69 years of age have a mammogram for the purpose of breast cancer screening. 15 In view of the findings, it is clear that that is not the case in Brazil and in Santa Catarina, which can entail late diagnoses, advanced staging and low survival of the women affected by the disease.…”