INTRODUÇÃO:O câncer de mama é o tipo de câncer que mais acomete as mulheres no Brasil. A mamografia é o principal exame para rastreamento do câncer de mama pelo SUS, entretanto, muitas mulheres com risco elevado deixam de realizá-lo. OBJETIVOS: avaliar o número de mamografias realizadas pela população de risco com histórico familiar no Brasil, durante o período de 2013 a 2023. METODOLOGIA: Estudo secundário não analítico descritivo quantitativo, que utilizou dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Os dados coletados tratou-se do número de mamografias realizadas por mulheres com risco elevado devido ao histórico familiar no período estudado. RESULTADOS: De 2013 a 2023 foram realizadas 859.321 mamografias em mulheres de 40 a 69 anos que estavam dentro da população de risco relacionado a histórico familiar no Brasil. A partir dos 49 anos, houve uma redução gradativa da procura pela mamografia, que na literatura pode ser explicada pelo rastreamento oportunístico que ocorre no Brasil, pela ausência de achados na mamografia após um período acompanhando corretamente, pela dificuldade e demora para agendar o exame, pela desigualdade e falta de estrutura adequada em algumas regiões, além disso, a equipe de profissionais relata que após o diagnóstico, o tratamento é prejudicado por não ser tão completo e por faltar tecnologias que ajudem na recuperação das pacientes oncológicas. CONCLUSÃO: Constatou-se a diminuição contínua no rastreamento feito em mulheres com fator de risco a história familiar, sendo imprescindível ampliar as políticas públicas de saúde voltadas para as ações de detecção precoce e rastreamento.