A resposta da Coreia do Sul à pandemia de COVID-19: lições aprendidas e recomendações a gestores

Abstract

Resumo: Os estudos publicados sobre a resposta da Coreia do Sul à COVID-19 apontam para distintos motivos para seu êxito. Não foram identificadas revisões sobre a Coreia do Sul entre janeiro de 2020 e abril de 2021 ou que analisassem o recrudescimento da pandemia. Visando melhor sistematização sobre o seu sucesso no controle da epidemia, desenvolveu-se uma revisão integrativa para analisar a experiência daquele país no enfrentamento da pandemia de COVID-19, buscando identificar a relação entre as medidas adotadas, as características do sistema de saúde e a evolução de indicadores selecionados. Utilizaram-se distintas bases de dados, além dos boletins epidemiológicos e conferências de imprensa do Centro Sul-coreano de Prevenção e Controle de Doenças (KCDC). Adicionalmente, analisaram-se relatórios da Organização Mundial da Saúde (OMS), do Observatório Europeu de Políticas e Sistemas de Saúde. Os resultados do presente estudo permitem identificar um conjunto de lições com base na experiência sul-coreana visando o controle e manejo da doença. A resposta da Coreia do Sul foi bem-sucedida devido às ações no controle de riscos e danos, atuação sobre determinantes sociais para mitigar os efeitos socioeconômicos da crise sanitária, a experiência prévia em outras epidemias respiratórias e a coordenação nacional expressiva.

COVID‐19 infection: Positive mental health, psychological vulnerability and sex: Cross‐sectional study

“…The impact of this pandemic was not only noticeable on the world economy, but also reinforced the constant need for better preparation in the area of health, namely in its response capacity and in the training of health professionals and society itself to better deal with a similar event in the future. Health policies should include specific plans for more effective action with the provision of qualified professionals in sufficient numbers to avoid exhaustion (Rossi et al, 2022) More and more investment should be made in specific training that contemplates demands and contingency plans standardized by health organizations, so that there is a better preparation and response to emerging infectious diseases (Wu et al, 2020).…”

Aplicabilidade do tempo porta-balão de 60 minutos: revisão integrativa

“…Certamente, o estudo incluído nesta revisão que apresentou os melhores resultados foi o de Linn et al, (2022), realizado na coreia do Sul, que implementou uma política de tratamento de reperfusão precoce e acompanhou as amostras por nove anos, resultando em uma diminuição do TPB de de 86 para 54 min. Apesar dos resultados expressivos, o sistema de saúde da Coreia do Sul dispõe de alta disponibilidade de leitos de UTI, acima da média global, mas em grande maioria no setor privado, evidenciando um funcionamento de modo fragmentado e desarticulado (Rossi et al, 2022), não justificando resultados tão favoráveis. O que fundamenta este produto positivo, em comparação aos demais estudos, é o tempo de acompanhamento.…”

“…O estudo de Lim et al, (2022), realizado na coreia do sul, utilizou como método para ofertar a ICP primaria dentro dos tempos preconizados, a redistribuição dos serviços especializados em cardiologia no país, dividindo o mesmo em nove regiões, com o intuito de otimizar o acesso as intervenções. O sistema de saúde da Coreia do Sul por muito tempo apresentou-se de modo fragmentado e desarticulado (Rossi et al, 2022). Esta estratégia pode ser corroborada de forma positiva pelo próprio Sistema Único de saúde (SUS) brasileiro, onde os níveis de atenção à saúde têm o intuito de proteger, restaurar e manter a saúde dos cidadãos, com equidade, qualidade e resolutividade conformados segundo suas densidades tecnológicas podendo variar da atenção primaria à saúde até atenção terciária à saúde (Ministério da Saúde, 2010), que inclui os centros especializados em cardiologia com hemodinâmica.…”