Caboclos e Orixás no Terreiro: modos de conexão e possibilidades de simbiose

Abstract

Resumo Entidades brasileiras, donas da terra, caboclos são presença marcante nos candomblés de Salvador, onde são cultuados os orixás, divindades africanas. Neste trabalho, discutimos o modo como eles se conectam no terreiro de candomblé e nos corpos dos adeptos. Procuramos mostrar que essas conexões constituem exemplo de simbiose no contexto do que a filósofa Isabelle Stengers denomina ecologia das práticas: são conexões parciais entre seres que, embora relacionados por interesses comuns, seguem divergindo. Conforme argumentamos, oportunidades de simbiose desenham-se na dinâmica espacial do terreiro e apoiam-se em uma ética sutil que maneja a distância entre termos que se atraem.

A Formação Do Estado Moderno Ocidental E as Políticas Sociais

“…Em religiões como a Umbanda, o culto às/aos Caboclas/os é essencial para o funcionamento das ritualísticas. Já segundoRabelo (2018) e Aragão (2018), as/os Caboclas/os, dentro do Candomblé, possuem outras funções, sendo frequentemente assentados/as como as/os donas/os da casa.5 Dentro de um universo de símbolos e significados, a maraca é um instrumento que produz uma sonoridade característica e que pode ter diversos significados. Dentro da comunidade e da cultura do povo Karão-Jaguaribas, a maraca simboliza a chuva.…”