Quilombolas and Education: Experiences of Affirmative Actions in three brazilian regions Resumo: O presente trabalho visa a evidenciar, à luz da teoria da pluralidade dos novos saberes, três propostas desenvolvidas no âmbito das Ações Afirmativas, no que tange à educação formal e informal quilombola e ao acesso de quilombolas a projetos específicos, executados em três cidades brasileiras: Porto Alegre, capital do Estado do Rio Grande do Sul; Marabá, situada na região sudeste do Pará, e Redenção, localizada na região do Maciço do Baturité, no Ceará. Por meio de experiências in loco, de observações e da participação como formador e membro de comissões avaliadoras de políticas específicas em universidades, pode-se constatar, entre 2009 e 2018, resultados das políticas demandadas pelas populações quilombolas. Conclui-se que as ações das comunidades tradicionais são fundamentais para a superação da monocultura do saber para a construção
Africanidades e diversidades no ensino deHistória: entre saberes e práticas Africanity and diversity in the teaching of History: between knowledge and practiceArilson dos Santos Gomes 1 RESUMOEste artigo tem como objetivo discutir o uso das africanidades na educação escolar, em particular o uso das representações de divindades cultuadas no estado do Rio Grande do Sul e a sua possível semelhança funcional na prática de ensino com os mitos gregos. Outro objetivo da narrativa é demonstrar os desafios para o ensino da diversidade e das relações étnico-raciais no Brasil, bem como avaliar um plano de aula da disciplina de História realizada em uma escola pública na cidade de Porto Alegre, capital do Estado. A fim de interpretar os resultados da proposta de aula, foram analisados os relatórios produzidos pelos próprios alunos. Por meio do método de análise de conteúdo proposto por Bardin (2009), nos seus aspectos qualitativos, e tendo como corpus documental os registros dos alunos, verificou-se o interesse e a motivação por parte dos alunos das sete turmas envolvidas na atividade.Palavras-chave: africanidades; diversidade; ensino de História e de Cultura Afro-brasileira; análise de conteúdo. ABSTRACTThis article aims to discuss the use of Africanity in school education. In particular the use of deities representations, which are worshiped in the state of Rio Grande do Sul, and its possible functional similarity in the teaching practice with the Greek myths. Another objective of the narrative is to demonstrate the challenges for teaching diversity and ethnic-racial relations in Brazil as well as to evaluate a lesson plan of the History discipline held in a public high school in the city of Porto Alegre, the capital city of the State. In order to interpret the results of the lesson proposal, the reports produced by the students themselves were analyzed. By means of the method of content analysis proposed by Bardin (2009) in its qualitative aspects, having as documentary corpus the students' records, we observed the interest and the motivation on the part of the students of the seven classes involved in the activity.Keywords: africanity; diversity; Teaching of History and Afro-Brazilian Culture; content analysis. Considerações iniciaisO presente trabalho visa a contribuir para o uso dos referenciais das africanidades na educação escolar, em específico o uso das representações dos orixás cultuados no estado no Rio Grande do Sul e a sua possível semelhança funcional com os mitos gregos. A narrativa interpreta o resultado de uma atividade realizada na disciplina de História de uma escola pública de Ensino Médio, localizada na cidade de Porto Alegre, capital do Estado, no ano de 2015.O plano de docência e o artigo justificam-se a partir da necessidade de criar, desenvolver e visibilizar ações pedagógicas a partir da relação ensino/pesquisa e, como observa Paulo Freire (1996), atenuar a dificuldade encontrada pelos docentes e discentes em relacionar as influências culturais negro-africanas, de modo a aplicar a Lei nº 10.639, d...
Resumo: Este trabalho visa analisar os temas referentes à atividade da pesca e aos direitos dos trabalhadores da pesca identificados na prática política de Carlos da Silva Santos. Neto de exescravizados, o político desde a década de 1930 destacou-se como líder sindical. Orador de reconhecida qualidade, entre os anos de 1959 e 1974, por quatro vezes consecutivas elegeu-se deputado estadual pelo Estado do Rio Grande do Sul, perfazendo uma carreira sólida, inclusive ocupando por duas vezes o cargo de governador interino do Estado. A pesquisa efetuada por meio de fontes oficiais, cotejadas com impressos jornalísticos, permite uma dimensão dos temas propostos na agenda parlamentar defendida pelo tribuno, com destaque para o tema da atividade da pesca e dos direitos dos pescadores.Palavras-chave: Carlos Santos; Análise discursiva; Pesca; Nova História Política; Direitos.
Ensaios Interdisciplinares em Humanidades, volume VI, compõe-se, assim, como uma obra que coleciona e articula diferentes olhares: todos contextualizados, ocupando lugares de fala, muitas vezes invisibilizados, inclusive pela própria academia. Falar de bordados, arte, educação, territórios e religiões de matrizes africanas, tradições indígenas e quilombolas sob a perspectiva interdisciplinar e centrada nas experiências de suas/seus protagonistas, membras e membros dessas culturas é um presente para quem não conhece essas realidades de perto. Também para nós brasileiras/os, entrar em contato com estudos de Moçambique, Guiné-Bissau e outros países africanos é igualmente um privilégio: na medida em que temos a oportunidade de conhecer mais sobre algumas das diversas leituras e percepções africanas acerca da interdisciplinaridade. Esperamos que esta obra seja o início (ou um meio) para a desconstrução do olhar engessado e preconceituoso em Humanidades.
Notas sobre pandemia e saúde quilombola: experiências a partir do Ceará, disponível em: https:/ /www.revistas.usp.br/cadernosdecampo/article/view/170436/163359. Acesso em 09 de ago. de 2022.As quilombolas do Sítio Veiga e a dança de São Gonçalo em Quixadá /CE, disponível em: https:/ /repositorio.unilab.edu.br/jspui/bitstream/123456789/2434/1/ANA%20 MARIA%20EUG%C3%8ANIO%20DA%20SILVA%20Disserta%C3%A7%C3%A3o.pdf. Acesso em 09 de ago. de 2022. ENSAIOS INTERDISCIPLINARES EM HUMANIDADES VOLUME VI PREFÁCIOduções científico-intelectuais e artístico-culturais, se enegreçam crescentemente.Segundo a Quilombola e historiadora Beatriz Nascimento (1989( apud RATTS, 2006: "Quilombo é infinito, espaço de história, pois nele tem história, é história". Desse modo, os Quilombos fazem-se como fontes vivas de conhecimentos históricos e ancestrais, que alimentam e educam os nossos povos, as nossas mentes e os nossos corpos por meio da tradição, da partilha e da coletividade.É nesse chão-território e útero tão sagrado que-mais uma vez-nos nutrimos de saberes, fazeres, tradições, memórias, costumes e crenças. Queremos, portanto, na UNILAB um espaço de comunhão com o nosso chão, de contação, (re)existência, alimentação, iniciação e construção de nossa própria História.Atualmente, temos em nossa universidade estudantes de 11 territórios Quilombolas, sendo eles: Córrego dos Iús/Acaraú; Sítio Veiga/Quixadá; Cumbe/Aracati; Batoque/Pacujá; Lagoa dos Crioulos/Salitre; Serra do Evaristo/Baturité; Três Irmãos/ Croatá; Nazaré/Itapipoca; Serra da Rajada/Caucaia; Capuã/ Caucaia; Alto Alegre/Horizonte; nos diversos cursos de graduação como: agronomia, história, antropologia, sociologia, pedagogia, enfermagem, humanidades, administração pública, ciências biológicas, letras português, farmácia e também no Mestrado Interdisciplinar em Humanidades.A presença desses/as Quilombolas só foi possível devido ao Edital Específico para Indígenas e Quilombolas, que teve início em nossa instituição no ano de 2017, mas que foi interrompido em 2019. Segundo a Comissão dos/as Estudantes Quilombolas da UNILAB-CE (CEKUCE, 2022), o aumento do número de discentes matriculados/as foi significativo, pois houve um salto de 01 para 57 estudantes, pertencentes a 11 territórios quilombolas cearenses. ENSAIOS INTERDISCIPLINARES EM HUMANIDADES VOLUME VIPREFÁCIO ser uma bandeira de toda a sociedade. A luta é para que a universidade seja um Quilombo novo, um novo Quilombo que leve em consideração nossos saberes/fazeres, um Quilombo-acadêmico 10 : que contemple vivamente em suas componentes, em suas linhas de pesquisa, em suas ações extensionistas e didático-curriculares o que nós somos, a nossa Ancestralidade, de onde viemos, o nosso chão e qual é a nossa proposição na História.Seguimos sem Conclusão, sem ponto final, porque o trabalho de resgate e ressignificação de nossa História não se encerra aqui, ficando aberto para as demais pessoas que queiram contribuir com uma sociedade mais justa, antirracista, efetiva e materialmente descolonizada, mais solidária e igualitária. Só po...
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