2017
DOI: 10.1590/0100-85872017v37n3cap06
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Espíritas de todo o Brasil, uni-vos! Meandros da unificação espírita na primeira metade do século XX

Abstract: Observar cada formiga e nunca esquecer o formigueiro 1A primeira metade do século XX nos permite ver um momento bastante específico do desenvolvimento e da dinâmica das religiões no Brasil, principalmente a ascensão de novos segmentos em busca de legitimidade, incluindo nesse rol o espiritismo kardecista. Esse momento também foi marcado por mudanças na sociedade brasileira, observadas, sobretudo, a partir da década de 1930, data símbolo para a vida nacional. Os nossos hábitos políticos, sociais, culturais e re… Show more

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“…espírita se unificou no Brasil na primeira metade do século XX, época da fundação da Federação Espírita Brasileira (FEB) (ARRIBAS, 2017).…”
Section: Conclusãounclassified
“…espírita se unificou no Brasil na primeira metade do século XX, época da fundação da Federação Espírita Brasileira (FEB) (ARRIBAS, 2017).…”
Section: Conclusãounclassified
“…"(Ignácio Bittencourt et all [Espíritos], 1999 apud Klein Filho, 1999, p. 17) Estabelece-se uma solidariedade e cumplicidade entre o "escriba moderno" e a biografia de "pregador do cristianismo redivivo, exemplificador e testificador do Cristo [Vianna de Carvalho]", na construção memorial do cristianismo. Reforça-se a concepção do Espiritismo brasileiro como novo cristianismo, legitimado pelo domínio febiano.13 Essa é uma questão fundamental para o entendimento do desenvolvimento do espiritismo brasileiro como um novo cristianismo, "cristianismo redivivo" bastando recordar os embates no seio da FEB, nos primeiros anos do século XX, ainda sob a direção de Leopoldo Cirne, quando de seu projeto de implantação de uma Escola de Médiuns, para formação sistemática a partir das bases de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec-entendida como faculdade natural dos "encarnados" -, e a oposição daqueles que entendiam a mediunidade como dom divino e missão, vinculada intrinsecamente ao estatuto moral do seu portador(Arribas, 2017).…”
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“…As práticas de orientação religiosa, as direções e os significados da ação no mundo, os mecanismos de legitimação de personagens e concepções, as maneiras de atingir a salvação, tudo isso variou e varia sensivelmente dentro do espectro religioso a que se convencionou chamar de "espiritismo kardecista". À medida que vamos nos embrenhando na história e na análise de atores/ atrizes e instituições que compõem essa trama, percebemos quão diversificados podem ser os tipos de apropriação subjetiva de que o espiritismo tem sido objeto (Arribas, 2017b). Delimitar as posições e as divergências tem sido importante nesse sentido, tanto mais porque no espiritismo não há uma cúpula legítima para ditar o que é ou não espiritismo.…”
unclassified