RESUMO Este artigo propõe-se a pensar a reação dos cultos afro-brasileiros à pandemia da COVID-19. Em vez de generalizações, porém, o presente texto procura desdobrar alguns momentos etnográficos específicos, localizados em dois contextos, o Rio Grande do Sul e a Bahia, e possibilitados por mediações online. Sendo um dos primeiros resultados de uma pesquisa em andamento - que tematiza a agência de Exu, divindade do movimento e da comunicação, nessas localidades -, o artigo procura evidenciar, também, alguns aspectos da intensa reflexão prático-conceitual sobre mediação, diferença e cuidado que atravessa tais religiões e que tem chamado a atenção da bibliografia específica recente.