A pandemia do covid-19 trouxe muitos desafios e oportunidades, passando-se a conviver, desde então, com constantes e aceleradas mudanças em todos os aspectos da vida humana em sociedade, da economia local e mundial, da gestão organizacional, das relações de trabalho e do ambiente educacional (MACEDO; DURANS; VALE, 2021; MUZIO e DOH, 2021). Neste sentido, a gestão educacional precisou inovar como nunca outrora ocorrera, dado o cenário de incertezas e as necessidades impostas por esta nova realidade (AGUINIS e BURGI-TIAN, 2021; SARI e NAYIR, 2020). Esse cenário de incertezas bem como as necessidades impostas por uma realidade de disrupção (MACEDO; DURANS; VALE, 2021), no contexto da gestão educacional foi sinalizado no estudo de Dunlosky et al. (2013), ao sugerir que melhorar os resultados educacionais exigirá esforços e articulações em muitas frentes e que parte da solução envolve ajudar os alunos a regular melhor sua aprendizagem através do uso de técnicas eficazes de aprendizagem. Para tanto, quatro categorias emergem e merecem atenção, que são: condições de aprendizagem, características dos alunos, recursos disponíveis e tarefas desafiadoras. Com base em Dunlosky et al., (2013) compreendemos e enfatizamos que as condições de aprendizagem, bem como, as características dos alunos estão também condicionadas ao contexto em que estes estão inseridos. Segundo a Unicef Brasil (2020) os desafios à aprendizagem que já existiam em muitas realidades brasileiras, com a crise do coronavírus massificou ainda mais essa situação, ampliando, portanto, o alcance das possíveis lacunas de aprendizagem. Sendo assim um dos principais desafios em consonância com o que diz Alves et al., (2020) centra-se na dificuldade que sistemas de ensino possuem em vincular processos educativos qualificados alicerçados em políticas públicas. Pois, urge que essas políticas públicas sejam operacionalizadas a partir de uma investigação detalhada, para que com base nesses dados coletados se construa um planejamento assertivo a ser desenvolvido, apresentando um passo a passo de como se pretende realizar, monitorar e avaliar tais tarefas, o que Dunlosky et al., (2013) inferem como desafiadoras. O cenário atual torna urgente impedir o aumento nas fragilidades da educação brasileira, em especial questões como a alfabetização e a cultura de gestão. Para otimizar o tempo escolar e a qualidade no processo de ensino e aprendizagem é essencial realizar ajustes nos currículos e nos planos de trabalho, definindo prioridades e aprendizagens mais necessárias em cada ano escolar. Dito isso, salienta-se o quanto é necessário aos gestores educacionais levar em conta os recursos disponíveis pela instituição, bem como provocar professores à proposição de tarefas desafiadoras e contextualizadas, articuladas com a realidade dos estudantes (BARAK, 2018).