2018
DOI: 10.11606/issn.2316-9141.rh.2018.131877
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Francisco António de Sampaio e sua História Natural da Vila da Cachoeira: Circulação, reconfiguração e validação da produção de conhecimento na segunda metade do século XVIII

Abstract: O objetivo deste artigo é compreender os processos de construção de conhecimento sobre a natureza do Brasil, no século XVIII, a partir do estudo de caso de Francisco António de Sampaio e seu trabalho de filosofia natural. Busco compreender tais processos como sendo resultantes de dinâmicas de circulação de conhecimento, trocas e negociações, e o estabelecimento de relações de poder entre os agentes envolvidos neste processo. Pretendo demonstrar como estas dimensões foram fundamentais para o processo de produçã… Show more

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“…Para ficar aqui com parte dos autores com os quais nossa análise dialoga mais diretamente, conferir: Dias (2005; publicado originalmente em 1968); Domingues (2012);Kury (2004Kury ( , 2015;Brigola (2003); Pereira e Cruz (2016); Pereira (2017) ePataca (2006).3 Entre os poucos estudos que se debruçam mais detidamente sobre a produção científicade Sampaio, podemos mencionar Cergueira (2018) eConceição (2016Conceição ( , 2018.…”
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“…Para ficar aqui com parte dos autores com os quais nossa análise dialoga mais diretamente, conferir: Dias (2005; publicado originalmente em 1968); Domingues (2012);Kury (2004Kury ( , 2015;Brigola (2003); Pereira e Cruz (2016); Pereira (2017) ePataca (2006).3 Entre os poucos estudos que se debruçam mais detidamente sobre a produção científicade Sampaio, podemos mencionar Cergueira (2018) eConceição (2016Conceição ( , 2018.…”
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“…Acreditamos que possa ter lido diretamente o Systema naturae em edição anterior à décima, de 1758, que é quando Lineu introduziu a categoria mammalia, em substituição à quadrupedia, utilizada por Sampaio(Schiebinger, 1993).11 Para abordagens que aproximam as descrições de Sampaio da metodologia lineana e apresentam suas especificidades, conferir tambémConceição (2018) eKury e Nogueira (2018). Assim, sobretudo no que diz respeito ao tomo dos animais, concordamos com Conceição quando observa a aproximação metodológica e discursiva de Sampaio em relação ao naturalista sueco, mesmo em momentos em que não encontrava descrição exata dos animais que constavam na obra de Lineu.12 Julgamos plausível supor o contato direto com o texto das instruções e/ou o aprendizado via circulação de conhecimento oral, uma vez que na região de Cachoeira estavam inseridos indivíduos bastante próximos dos circuitos ilustrados de Vandelli, a exemplo do próprio juiz de fora Amorim e Castro, que fora aluno do naturalista italiano na Universidade de Coimbra e que sabemos, pelas cartas à academia, que travava contato direto com Sampaio.13 Em uma das cartas à academia, o cirurgião menciona que contava com os préstimos de um pintor para a realização das estampas que apresentou junto com os textos manuscritos.14 No caso dos vegetais, teria dito em uma de suas cartas que os desenhava "em estampas debuxadas à face dos mesmos originais no seu natural"(Sampaio, 2008, p.12).…”
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