“…Para Wolffromm (1989), a História atual se ocupa do homem antes deixado de lado, portanto, debruça-se tanto sobre perguntas banais como sobre comida e dormir, elementos reveladores de costumes e tabus. No cotidiano, podemos acessar um prisma do imaginário que, em tempos mais recentes, tem aberto o campo de pesquisas sobre memória e História, em perspectiva deslocada de noções outrora aparentemente definidas como arquivo, acervo, documento, fato, em um cenário no qual deixam de Por essa via, apostamos que o caminho de análise aqui proposto resgata autores do campo da Nova História como Wolffromm (1989), Duby (1989), Daher (2018), Massimi (2019) e Metcalf (2019); da interface com a Antropologia, como Leistringant (2000) e Farago ( 2017), e destaca o diálogo com a vertente discursiva de Foucault (2006) e de Orlandi (2008) para acessar parte do 'imaginário coletivo' que Duby (1989) explica ser um ponto de convergência entre esses autores para analisarmos os 'inumeráveis textos' (expressão deste último) recobertos pelos relatos narrativos aqui analisados por meio de recortes de indícios de natureza venatória (Ginzburg, 1989), ou seja, que permitem recuperar, de modo singular, (parte) de uma narrativa em universo simbólico mais amplo.…”