2018
DOI: 10.11606/issn.2316-901x.v0i69p338-360
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Reativar a feitiçaria e outras receitas de resistência – pensando com Isabelle Stengers

Abstract: Este ensaio busca explorar os sentidos de reclaim – cuja tradução oscilará entre “reativação” e “retomada” – do modo como figura em textos de envergadura mais política da filósofa da ciência Isabelle Stengers. Num diálogo constante com a escritora e ativista neopagã Starhawk, Stengers discute as possibilidades de reativar ou retomar certas práticas marginalizadas e desqualificadas pelo mundo moderno-capitalista – como a magia e a feitiçaria – vendo aí modalidades de resistência política e possibilidades de rec… Show more

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“…São, sobretudo, diferentes receitas, com suas respectivas técnicas, para lidar com a devastação do mundo orquestrada pelo capitalismo e colonialismo que seguem em curso. São, portanto, receitas de resistência, como nos diz Sztutman (2018), em que resistência implica em não aceitar o dado das coisas, mas em tomar os problemas para si e criar outras possibilidades de existência.…”
Section: Conforme Diz O Caciqueunclassified
“…São, sobretudo, diferentes receitas, com suas respectivas técnicas, para lidar com a devastação do mundo orquestrada pelo capitalismo e colonialismo que seguem em curso. São, portanto, receitas de resistência, como nos diz Sztutman (2018), em que resistência implica em não aceitar o dado das coisas, mas em tomar os problemas para si e criar outras possibilidades de existência.…”
Section: Conforme Diz O Caciqueunclassified
“…Em "Obatala Film" entramos pelo meio e o que se dá a ver de entrada é a vertigem do indeterminado, como processualidade de uma inteligência coletiva e impessoal composta entre filme e Ifa como cinema por outros meios e onde praticantes e práticas se reúnem por uma causa comum (SZTUTMAN, 2018), onde o gesto expressivo não pode se dizer privativo, mas sim tendência co-evolutiva e compartilhada do próprio processo. Devir praticante de modos de experiência cinematográficos com Ifa é estar à altura do destino que nosso Ori carrega e que inevitavelmente implica uma ética radical dos encontros.…”
Section: Introductionunclassified
“…PRECIADO, 2018, p. 370) Se paraPreciado (2018) seria necessário prover a habilidade de hackers de bioterroristas de gênero, vistos como capazes de desempenhar estratégias gendercoptyleft, ou seja, traficar os reparadores de biocódigos copyright farmacopornográfico, pode-se dizer ao evidenciar o regime biotecnomágico e as convivialidades performáticas, que as performances de bricantes LGBT+ em alianças podem produzir comunidades e espaços criativos no Reisado capazes de constituir corpos aliados em regime precariedade.Se o brincante pode estar vinculado por um dispositivo mágico e curativo do regime biotecnomágico evocado no teatro como encantamento da performance do Reisado, e no caso da participação de subjetividades dissidentes sexuais e de gênero de brincantes LGBT+, a saída de Stengers, a partir do pensamento deSztutman (2018), em "conectar o reclaim das feiticeiras e a máquina de guerra hacker, ambas formas criativas de resistir, de produzir uma experimentação política, ambas reconstruindo alguma possibilidade de ação coletiva, sob a recusa de captura"(SZTUTMAN, 2018, p. 355), parece fazer sentido em ressignificar o Reisado. Principalmente, na conexão com o que Preciado (2018) entende por bioterrorismo de gênero através da conexão que sugere Stengers, ou seja, àquelas alianças hackers de gênero.…”
unclassified