Sabemos que justiça é assegurar a cada ser humano o que lhe pertence-soberania, liberdade, dignidade. A valorização e reconhecimento das culturas e fronteiras que nos unem como família humana são extremamente importantes para o bem comum de todos. Historicamente o imperialismo econômico, fundamentado na política de colonização, articulado ao longo de milênios, insiste em tentar oprimir e extorquir do ser o humano o que lhe faz humano: o tempo (vida), a soberania, a criatividade e a liberdade. Historicamente fracassou e continuará a fracassar. Pois, o ser humano, por sua consciência e dignidade, mesmo sob grilhões jamais perde sua essência: liberdade, soberania, liberdade, criatividade, criticidade, força e poder. Este artigo, realizado ao abrigo do PROCAD/AMAZONIA, CAPES/UFAM/UFMT/UFPA (Ref. Proc. 8881.314288/2019-0), objetiva apresentar e discutir representações de universitários sobre a valorização do conjunto de culturas historicamente existentes nas sociedades onde se inserem. Participaram desta fase da investigação n=881 universitários do sexo masculino e do sexo feminino, integrantes de diferentes universidades de países de língua portuguesa e espanhola. A participação foi voluntária e anónima por meio da resposta ao instrumento de coleta de dados divulgado pela internet. O tratamento foi realizado com apoio do Excel e SPSS de acordo com os objetivos da pesquisa. Os resultados demonstram diferentes representações sobre o fenômeno da valorização das culturas dos territórios colonizados evidenciando a importância da ampliação dos debates e diálogos associados ao impacto dos eventos históricos sobre os indicadores de bem estar das diferentes sociedades que integram a família humana.
O artigo ora apresentado traz dados e informações sobre o número de imigrantes bolivianos residentes na área urbana do município de Guajará-Mirim, este foi um subprojeto de pesquisa vinculado ao projeto Observatório da Imigração: Cartografias da Imigração na Fronteira do Brasil com a Bolívia. Um projeto de iniciação científica institucionalizado pelo Campus da Universidade Federal de Rondônia em Guajará-Mirim. Optamos por desenvolver uma pesquisa descritiva de natureza qualitativa, assim ao longo do período de oito meses de pesquisa percorremos treze bairros dos quinze bairros situados na zona urbana do município de Guajará-Mirim /RO/BR, município que faz fronteira com a cidade de Guayaramerín/Beni/BOL. Para a coleta das informações utilizamos questionários com perguntas abertas e fechadas; conversas informais e observações. Verificamos a partir do relato de imigrantes bolivianos mais antigos, que nas últimas décadas, o fluxo migratório foi constantee dependendo das políticas econômicas dos países vizinhos, Brasil e Bolívia, o fluxo migratório aumentava ou diminuía. Ocorre que existem registros parciais sobre a população imigrante boliviana residente no município, essas informações podem ser solicitadas no setor de imigração da Polícia Federal, na Pastoral da Imigraçãoe no Consulado da Bolívia, porém nessas duas últimas instituições não um controle efetivo desses dados. Assim sendo, estes registros não totalizam nem representam a realidade numérica desta população na fronteira. Esta realidade nos inquietou e deu base a nossa questão problema: Quantos imigrantes bolivianos vivem na zona urbana de Guajará-Mirim. Nessa trajetória investigativa nosso aporte teórico foi baseado nos estudos de Becker (2009), a autora faz uma análise sobre esta realidade geopolítica das fronteiras internacionais do norte brasileiro, nos estudos de Machado (1998) sobre fronteiras internacionais e nos estudos de Santos (2016) sobre as relações e interações presentes na fronteira de Guajará-Mirim (Rondônia/Brasil) e Guayaramerín (Beni /Bol). Os resultados apontaram para um quantitativo baixo de imigrantes residentes em Guajará-Mirim, bem diferente do que era especulado pela pastoral da migração do município. A maioria dos imigrantes entrevistados têm como local de partida do seu processo migratório cidades do departamento do Beni e não apenas a cidade de Guayaramerín. E também, conseguimos identificar, os aspectos econômicos e culturais dessa população, as dificuldades enfrentadas por eles no processo de regularização do documento para permanência no Brasil, os bairros de maior concentração de residência e as escolas onde as crianças e adolescentes bolivianos estão matriculadas.
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