O presente livro é o resultado de uma análise geral acerca do chamado “trabalho em condição análoga à de escravo no Brasil contemporâneo”; e, de modo específico, de uma pesquisa realizada a partir de dados obtidos junto ao Ministério do Trabalho e Emprego, em 2012 e 2013, tidos como os anos de maior ocorrência de autuações dos grupos de fiscalização móveis em fazendas da região Norte do país, em particular no estado do Pará, quanto às práticas de trabalho, da chamada “escravidão contemporânea”, em especial, a “escravidão por dívida”. A pesquisa contou com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e teve como objetivo geral analisar o perfil sóciodemográfico e a origem social dos trabalhadores brasileiros contemporâneos em condições análogas às de escravo. Dois objetivos específicos foram considerados, a saber: analisar a estrutura familiar, educacional, ocupacional, por idade, sexo e demais informações contidas nos formulários dos trabalhadores resgatados; e traçar a origem social destes, por intermédio de informações contidas nas guias do seguro-desemprego e nos relatórios de fiscalização de operações e autuações. Os resultados encontrados pela pesquisa reforçam o entendimento sobre como e por que razões se reproduz a escravidão na sociedade contemporânea. As modernas sociedades empregam trabalho escravo, por ser barato e abundante. Reagem os escravizados: NÃO SOMOS ESCRAVOS!
ResumoA presente dissertação é uma reflexão sobre a reestruturação produtiva e a trajetória profissional. Tem como objeto a trajetória profissional dos funcionários da área de Recursos Humanos do Banco do Brasil, de Brasília (DF), que vivenciaram a reestruturação e permanecem na empresa, e, por objetivo, a análise de como esses funcionários reorganizaram sua trajetória profissional. Parte da premissa de que os funcionários que permaneceram na empresa submeteram-se às novas regras como estratégia de sobrevivência no mundo do trabalho. Para tanto, foi utilizado o estudo de caso, dadas as possibilidades que oferece ao aprofundamento da investigação.Foi verificado que reorganizar a trajetória profissional significou, para o funcionário, aderir aos novos valores da empresa, adequar-se ao novo perfil do funcionário, investir na capacitação profissional sob forma continuada e permanente, ter foco em resultados e perseguir a constante sintonia com um mercado altamente competitivo e com elevado grau de incerteza. O funcionário tornouse autogestor de seu desenvolvimento, assumindo a responsabilidade de grande parte da atualização de suas competências profissionais, antes a cargo da empresa.
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