Este estudo objetivou verificar se as atitudes e os valores dos profissionais que atualmente se inserem ou se encontram no mercado de trabalho são mais aderentes à ideia da carreira tradicional ou à da carreira autodirigida/proteana. Buscou identificar, ainda, as âncoras de carreira dos entrevistados, o grau de satisfação com a carreira, com a profissão e com o trabalho, assim como a relação entre estas variáveis. O instrumento de coleta de dados utilizado foi o questionário, e a amostra foi composta por 113 estudantes de Graduação e de Pós-Graduação Lato e Stricto Sensu em Administração. Como resultado, encontrou-se a âncora de carreira “Estilo de Vida” com a média mais elevada, indicando a tendência de se buscar uma carreira que permita integrar as necessidades pessoais, familiares e de trabalho. Detectou-se aqui uma maior inclinação dos pesquisados para trilhar a carreira autodirigida ou proteana, e não foram encontradas correlações entre âncoras de carreira e satisfação com a carreira, indicando que não h determinada âncora que possa proporcionar maior satisfação profissional do que outra. O estudo contribui com a proposição de questões acerca do perfil de carreira que vem sendo adotado e com a identificação do nível de satisfação do profissional, além de recomendar uma revisão da escala de Âncoras de Carreira, de maneira a aumentar sua confiabilidade.
O CONTEXTO DO ESTRESSE OCUPACIONAL DOS TRABALHADORES DA SAÚDE: ESTUDO BIBLIOMÉTRICO RESUMOO estresse é uma temática sempre atual oriunda da diversidade de contexto social e vulnerabilidades a que os trabalhadores estão sujeitos no processo laboral. Devido ao impacto do estresse ocupacional no desempenho individual e organizacional das instituições de saúde, buscou-se mapear a produção científica através da bibliometria nos periódicos da administração, preferencialmente, e, a posteriori, nos demais periódicos referentes à gestão do estresse nos trabalhadores da saúde, levantar as causas, consequências e medidas de prevenção. O estudo caracteriza-se como revisão bibliográfica através de uma pesquisa descritiva. Dos 30 artigos analisados em 28 periódicos, verifica-se um crescimento do número de artigos sobre o tema a partir de 2010, destacando-se um aumento de publicações em 2011, 2012 e 2014. As principais causas detectadas foram sobrecarga de trabalho, falta de recursos humanos, condição laboral inadequada, trabalho em turno. As consequências foram estresse, burnout, queixas psicossomáticas, comprometimento no trabalho podendo levar a erros médicos, intenção de mudança e absenteísmo. As medidas de prevenção foram políticas de valorização do trabalhador, criação de condições de trabalho salubres, redução de horas de trabalho em turno, reposição do quadro funcional, oferecimento de apoio social, promoção de integração entre os trabalhadores, justiça organizacional e penal, respeito e educação. Palavras-chave:Estresse. Trabalhador da Saúde. Burnout. THE CONTEXT OF STRESS IN OCCUPATIONAL HEALTH WORKERS: BIBLIOMETRIC STUDY ABSTRACTStress (nervous tension) is an ever-present theme arising from social context diversity and vulnerabilities to which workers are subjected in the labour process. Due to the impact of the occupational stress on individual and organizational performance in health institutions, it was intended to map out the scientific production through bibliometrics in the journals of the administration area, preferably, and, a posteriori, in other journals related to the management of stress on health workers, and to research the causes, consequences and preventive measures. The study is characterized as a literature review through descriptive research. Of the 30 analyzed articles in 28 journals, there is a growing number of articles about the subject from 2010, highlighting an increase of publications in 2011, 2012 and 2014. The main causes identified were overstrain, lack of human resources, inadequate working conditions and work in shifts. The consequences were stress, burnout, psychosomatic complaints, impaired work which may lead to medical errors, will to change and absenteeism. The preventive measures were worker valuation policies, the creation of salubrious working conditions, reduced working hours in shifts, staff replacement, the providing of social support, promotion of integration among workers, organizational and criminal justice, respect and education.
ISOLDA VELOSO DE CASTILHO RESUMOEste artigo analisa a evolução da carreira e seus diversos significados e apresenta um estudo realizado com profissionais de Administração de empresas, suas autopercepções e aspirações (âncoras) de carreira e as exigências em termos de competências profissionais. Foram realizadas entrevistas em profundidade, conjugadas com a aplicação do Inventário de Âncoras de Carreira de Edgar Schein, como etapa inicial e exploratória de um estudo mais amplo. As trajetórias estudadas, e as metáforas e âncoras encontradas, revelaram-se exemplares de tendências atuais, como a busca pela ampliação das competências e a carreira em ziguezague, com características de autodirecionamento da carreira proteana, defrontando-se com diversas alternativas e evidenciando uma postura mais pró-ativa. Essa metodologia permitiu o aprofundamento de questões internas dos sujeitos pesquisados, em relação ao trabalho e à carreira, possibilitando a manifestação de seus sentimentos, angústias e aspirações, assim como o repensar de suas escolhas e trajetórias profissionais, de forma livre e criativa.Palavras-chave: Carreira, competências, metáforas, trajetórias e âncoras.
Este trabalho se propõe a relatar procedimentos e resultados de validação de escalas destinadas à mensuração dos construtos Competências Individuais Requeridas, Modernidade Organizacional e Satisfação no Trabalho. Visa, também, diagnosticá-los junto a uma amostra de 654 profissionais da área da Administração. Utilizando técnicas estatísticas multivariadas e descritivas, o estudo adotou como referenciais teóricos, a Abordagem de Avaliação da Modernidade Organizacional (EBOLI, 1996), o Modelo das Dimensões Básicas da Tarefa (HACKMAN e OLDHAM, 1975) e uma revisão de abordagens anglo-americana e francesa sobre a Competência. Como resultados, há que se destacar a validação das escalas propostas, assim como a percepção dos profissionais alvo do estudo quanto a elevado grau de demanda pelo conjunto das competências investigadas vis-à-vis graus moderados de modernidade organizacional e satisfação no trabalho.
Este artigo investiga, por meio de estudo de campo envolvendo a aplicação de 220 questionários, a percepção de pós-graduandos e pós-graduados em telecomunicações, acerca da demanda por competências profissionais e do grau de modernidade das políticas de gestão das organizações em que atuam. Como referencial teórico, fez-se uso da abordagem de modernidade organizacional (Eboli, 1996), assim como de revisão de abordagens sobre competência, realizada por Sant'anna (2002). Quanto aos resultados, encontrou-se um elevado grau de demanda pelo conjunto das competências avaliadas, que, entretanto, apresentou uma fraca correlação com o grau de modernidade organizacional percebido, cujos escores revelaram-se mais baixos, indicando que a exigência por profissionais dotados de competências cada vez mais abrangentes não tem sido acompanhada por uma modernidade de políticas e práticas organizacionais.
No contexto das profundas transformações que ocorrem nas organizações contem porâneas, observa-se uma tendência no sentido de as mudanças nas trajetórias de carreiras tornaram-se cada vez mais freqüentes. O objetivo do presente estu do consistiu compreender como ocorrem as transições de carreiras profissionais de Recursos Humanos, resultantes da perda do seu emprego, assim como as trajetórias que se delinearam após a demissão e as âncoras de carreiras que as nortearam. Os resultados indicaram que, de modo geral, o próprio fato de passar por uma transição de carreira contribuiu para uma mudança na postura de profissionais que, estando acomodados em seus empregos, passaram a se empenhar mais, o que lhes trouxe benefícios em termos de crescimento profissional, ampliação de conhecimentos e habilidades, além de maior satisfação com o trabalho, independentemente de ele se realizar na condição de assalariado ou autônomo. Esse estudo mostrou, também, que a partir das escolhas e da trajetória de carreira de um determinado profissional, pode-se inferir quais são as suas principais âncoras. Assim, com base nesses indicadores, identificaram-se as âncoras denominadas autonomia e estilo de vida como as mais comuns entre os profissionais estudados. A âncora referente à competência técnica e profissional também aparece, mas em menor grau, por ela estar associada à reciclagem e à atualização, o que realmente não se revelou ser uma preocupação central desses profissionais. O estudo conclui que cabe à sociedade e aos profissionais prestarem mais atenção a essas mudanças e, também, melhor se prepararem para o chamado fenômeno das transições de carreira, que tende a ampliar-se cada vez mais.
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