A teoria da contingência e a teoria dos sistemas são voltadas para explicar fatores organizacionais. Entre eles, o processo de tomada de decisão. O processo leva em considerações ambientes incertos e o nível de informações disponíveis. Nesse sentido, a teoria contingencial levanta variáveis eventuais que possam interferir nesse processo, contingências. Esse estudo buscou identificar a percepção de informações contingências por parte dos gestores. Para isso, foi feito uma pesquisa qualitativa de multicascos em empresas do setor de Óleo e gás da bacia de campos no Rio de Janeiro através de um questionário de sondagem e uma entrevista semiestruturada. A pesquisa levou em consideração para comparação do estudo, informações contingenciais ambientais, estratégicas, estruturais e tecnológicas. Observou-se que no questionário de sondagem a variável tecnologia (dp = 1,41) e regulamentação política (1,30) são mais relevantes na percepção dos gestores, pois identificam que a atividade usa essencialmente tecnologia de ponta para se desenvolver e estão sempre se adequando a novas políticas e regulamentações do setor. Na análise de similitude, observa-se que as palavras que mais tem coocorências, no núcleo dos discursos são, "empresa", "não", "aqui", "muito", "contrato". A estas palavras em uma posição mais periférica são encontradas vocabulos como Petrobras, contrato, organizacional, ambiente, tecnologia, estratégia, estrutura, mecanicista entre outras que ligam a percepção de contingências as quais são percebidas em rotinas, ações e decisões dentro de uma organização. Conclui-se que através dessa análise de similitude, observa-se que, os gestores percebem contingências mais no âmbito tecnológico e ambiental refletindo-os no campo estratégico e estrutural.
<p>De acordo com a teoria da dívida, os entes subnacionais, estados e municípios, endividam-se para realizar investimentos que proporcionem alocar bens públicos aos seus jurisdicionados, contribuindo para o desenvolvimento humano. No entanto, problemas com a má gestão dos recursos públicos podem contribuir para que o endividamento público influencie negativamente o desenvolvimento humano. Nesse sentido, o presente artigo investigou a influência do endividamento público sobre o desenvolvimento humano dos grandes municípios brasileiros. Para tanto, foram coletadas informações referentes aos municípios brasileiros com mais de 500 mil habitantes ao longo de sete anos, de 2006 a 2012. Como técnica estatística, utilizou-se a regressão MQO com dados em painel. Os resultados revelaram que o endividamento e os gastos sociais públicos influenciam timidamente o desenvolvimento humano dos grandes municípios, ao passo que a variável com maior influência é o desenvolvimento humano já sedimentado localmente ao longo do tempo.</p>
Para se obter uma educação de qualidade a simples aplicação de recursos não é suficiente, é preciso que eles sejam utilizados de modo eficaz, eficiente e efetivo. A Emenda Constitucional nº 19 de 1999 introduz o princípio da eficiência à lista de princípios constitucionais da Administração Pública. Nesse sentido, o presente estudo objetiva analisar a eficiência dos gastos municipais em educação no ensino fundamental, no contexto dos municípios do Seridó Potiguar, RN. Para tanto, e de acordo com o objetivo definido, pode ser caracterizado como quantitativo e descritivo, fazendo o uso de dados secundários (indicadores educacionais) com vistas a propor índices de performance da eficiência educacional. A região de estudo escolhida contempla 21 municípios. Os resultados evidenciaram três rankings de eficiência, tendo o município de Carnaúba dos Dantas atingido a melhor eficiência nos três e os municípios de Parelhas e São João do Sabugi revezam entre a segunda e a terceira posição. O Índice de Eficiência Total do Gasto com Educação (IETGE) revelou que o município com pior eficiência foi Santana do Matos. Observou-se que oito municípios apresentaram IETGE baixo, significando que boa parte dos municípios analisados não teve um desempenho proporcional aos gastos aplicados. Também se evidenciou uma considerável diferença entre os municípios quanto à eficiência de gastos com educação. O trabalho evidencia a possibilidade e a importância de mensurar eficiência no setor público, bem como proporciona a construção de rankings nesse setor como instrumento propulsor do aumento da eficiência na área pública. Sugere-se realizar uma pesquisa em profundidade nos municípios de maior e menor indicador para compreender que dimensões/fatores conduzem para o êxito ou fracasso nos índices, bem como replicar o modelo em outras regiões geográficas.Palavras-chave: Eficiência. Gastos Municipais. Ensino Fundamental.
O setor público lida com recursos limitados e diante das demandas da população se faz necessário que a aplicação desses recursos seja eficiente. A busca da eficiência está em melhorar a relação resultados e custos, isto é, maximizar resultados e minimizar os custos. Essa pesquisa teve como objetivo geral analisar a eficiência do gasto com ensino fundamental nos municípios do Estado do Rio Grande do Norte no ano de 2015. Para esse fim, utilizou-se uma amostra de 110 municípios potiguares. Foram empregadas pesquisas descritiva, documental e quantitativa. Os resultados obtidos indicam que a aplicação de recursos não tem relação no rendimento obtido pelos alunos do ensino fundamental. Através do índice de eficiência desenvolvido neste trabalho, considerando indicadores de entradas e saídas, aponta-se o município de Ipueira como mais eficiente e o município de Guamaré como mais ineficiente.
Este artigo teve como objetivo analisar o nível de aplicabilidade do Planejamento Estratégico/ Balanced Scorecard nos Ministérios Públicos (MPs) estaduais. Para tanto, valeu-se de uma pesquisa de caráter descritivo, exploratório e qualitativo, realizando uma análise documental a partir de buscas nos sites eletrônicos dos Ministérios Públicos dos 26 estados e do Distrito Federal e Territórios. Verificou-se o reporte de elementos do planejamento estratégico/ BSC por esses sites. Os resultados produziram um quadro comparativo entre os MPs, bem como uma ferramenta de análise balizada na classificação em níveis de implementação do planejamento estratégico. No Geral, há pouca implementação do Planejamento Estratégico nos Ministérios Públicos Estaduais do Brasil. Apenas o MP da Bahia se mostrou satisfatório em todos os quesitos investigados.
- Objetivo da pesquisa: analisar a influência da escolha escolar sobre a eficiência das escolas públicas de ensino fundamental no Brasil. - Enquadramento teórico: a teoria da escolha escolar consiste em aplicações da hipótese de Tiebout na educação, sendo a competição propulsionadora da escolha escolar das famílias. - Metodologia: Tomou-se como unidade de análise, em cada município, o conjunto de escolas classificadas quanto à rede de ensino (estadual ou municipal) e à oferta de anos do ensino fundamental (todos, só os iniciais ou só os finais). Construiu-se um índice de eficiência com base na metodologia DEA sequencial VCR com orientação a produto. Construiu-se índices de competição. Usou-se o painel OLS com dados bienais de 2007 a 2015. Foram analisados três tipos de competição: horizontal (entre todas as escolas), privada (das escolas privadas) e vertical (entre escolas estaduais e municipais). - Resultados: a competição horizontal influenciou fraca e positivamente a eficiência de escolas públicas associadas a redes de maior porte; a influência da competição privada foi fraca, mas positiva em redes maiores; e a da competição vertical, negativa em escolas municipais. - Originalidade: Discute-se escolha e eficiência escolar em interface com a competição existente no Brasil em diferentes facetas, além de descrever e medir particularidades deste país quanto à competição e evidenciar limites à escolha. - Contribuições teóricas e práticas: a teoria da escolha escolar adaptada ao Brasil considera as restrições à escolha, a competição vertical e a escolha dentro do território municipal. Reformas de ampliação da escolha, o fim da competição vertical e o fortalecimento das redes municipais são ações sugeridas para ampliar o efeito positivo da escolha e para melhorar os resultados educacionais no Brasil.
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