O surto da microcefalia advinda da infecção de gestantes pelo Zíka Vírus (ZIKV) ocorrido nos anos de 2015 e 2016 atingiu com grande impacto o Brasil. As sequelas da microcefalia são variáveis de acordo com a gravidade da lesão, no entanto, poucos são os relatos das alterações fonoaudiológicas. Esse estudo tem como objetivo avaliar a concordância entre a percepção materna da presença de disfagia e a observação do especialista, nos quatro primeiros anos de vida, em crianças portadoras de Síndrome Congênita do Zika Vírus (SCZ). Trata-se de um estudo observacional, descritivo em uma coorte prospectiva no qual foram incluídas crianças com diagnóstico de microcefalia por SCZ seguidas em um serviço de referência no estado de Sergipe. Um total de 65 crianças compuseram a população inicial deste estudo. No entanto, 22 foram excluídas por óbito (5), por mudança de estado (2), por mudança de serviços de referência (12), por recusa de atendimento (3). As demais crianças participaram através de divisões por faixa etária ao longo do estudo. Concluiu-se que há uma divergência significativa entre a percepção das mães e a observação do examinador em relação a disfagia.
A morte é, ao mesmo tempo, um fato, um destino e também fonte de incertezas que assombram a todos. Geralmente, essa temática é abordada carregando um significado negativo, principalmente no âmbito acadêmico da área da saúde e em ambientes hospitalares, sendo associada a um fracasso da equipe médica. Devido a isso, o debate sobre morte e suas particularidades é fortemente evitado nesses grupos, principalmente entre os indivíduos que objetivam se esquivar dessa árdua realidade. Sendo assim, esse estudo foi realizado com o objetivo de investigar sobre as vivências e o ponto de vista dos estudantes de medicina em relação ao contato com a morte dos pacientes. Trata-se de um estudo de caráter exploratório-descritivo, de natureza qualitativa e de corte transversal, produzido em uma universidade particular de Sergipe, Brasil, com 232 participantes. Os resultados apontam que os alunos vivenciam inúmeros desafios para lidar com a morte, como o sentimento de insegurança, impotência, medo, além de o preparo para o enfrentamento da morte durante a graduação médica ainda ter se mostrado insuficiente. Conclui-se que a morte é algo intrínseco à profissão da saúde, então é preciso que esse assunto seja cada vez mais debatido com naturalidade em todos os âmbitos, com a finalidade de aprimorar o desenvolvimento dos futuros profissionais.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.