De acordo com a literatura médica, as dores nos ombros são a terceira queixa musculoesquelética mais comum observada na prática clínica. Calcula-se que 65 a 70% dessas ocorrências sejam causadas por lesões do manguito rotador. Um número significativo de casos da síndrome do manguito rotador está relacionado ao trabalho. Objetivos: Avaliar os diagnósticos dessa síndrome e os fatores de sucesso e insucesso nas condutas terapêuticas e administrativas de trabalhadores atendidos em um ambulatório de Medicina do Trabalho. Métodos: Este estudo analisou 142 relatórios médicos de trabalhadores com queixa de dores nos ombros atendidos no ambulatório de Medicina do Trabalho, de janeiro de 2015 a dezembro de 2019. Para homogeneizar as informações, em alguns casos, foi necessária a revisão do prontuário médico. Resultados: Após a realização de exames de imagem, 84% dos casos tiveram diagnóstico confirmado de síndrome do manguito rotador. Em 88% dos casos, foi indicado tratamento conservador, e parte destes (58%) evoluiu para tratamento cirúrgico. No processo de reabilitação, 51% dos pacientes foram reinseridos em atividade compatíveis e/ou readaptados ao trabalho e 49% não tiveram mudança de função. Conclusões: Além da história clínica e ocupacional, o exame de ultrassonografia teve sensibilidade e especificidade semelhantes à ressonância magnética para o diagnóstico de síndrome do manguito rotador. O afastamento do trabalho e dos fatores de risco ergonômicos devem ser parte integrante do tratamento da síndrome do manguito rotador. No retorno ao trabalho, o processo de reinserção e reabilitação precisa considerar a atividade compatível para não haver agravamentos das lesões. Palavras-chaves | lesões do manguito rotador; saúde do trabalhador; ergonomia; diagnóstico; reabilitação.
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