Introdução: O câncer de colo de útero é a quarta neoplasia mais comum em mulheres no mundo. No Brasil, é um grave problema de saúde pública, tendo maior incidência na Região Norte. Objetivo: analisar os aspectos clínicos e os tratamentos realizados em pacientes diagnosticadas com câncer de colo uterino. Metodologia: analítico, retrospectivo e longitudinal nos prontuários dos pacientes de 2010 a 2016 submetidos a tratamento para câncer de colo de útero em uma clínica da rede privada em Manaus. Resultados e Discussão: 241 prontuários foram incluídos na pesquisa, 59 pacientes (24,4%) possuíam idade abaixo de 40 anos quando descobriram a neoplasia. É relatado na literatura o início precoce da sexualidade em mulheres amazonenses, como o exercício da sexualidade e concepção é precoce, tais fatos a colocam em maior risco ao agente causal do câncer de colo uterino, prevalente na região. Os 201 pacientes foram diagnosticadas com carcinoma escamocelular (83%), o tipo histológico em que a associação com o HPV é consagrada. Dentre os tratamentos empregados nas pacientes estudadas, 175 (72%) pacientes realizaram tratamento local com braquiterapia e/ou teleterapia, conduta consolidada pelo National Comprehensive Cancer Network (NCCN) e pela American Society of Clinical Oncology. Conclusão: O câncer de colo de útero prevalece na região amazônica, afetando principalmente mulheres em idade reprodutiva. Não há programa de prevenção que atenda de maneira eficaz a população em pauta. A maioria das pacientes é diagnosticada com doença avançada e com poucas chances de cura, mesmo com o emprego dos tratamentos padrões estabelecidos pelos guidelines internacionais.
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