Resumo A violência que estrutura a sociedade brasileira é o tema fundamental do Ra cionais m c 's. Seus raps são narrativas construídas a partir do ponto do vista da perife ria, sem que se aceite a já histórica humilhação imposta ao negro pobre e com pouca instrução escolar. O principal valor artístico do grupo está na adequação entre a técni ca de feitura da obra e o tema cantado. Da escolha das palavras à difusão, todos os ele mentos do trabalho provocam no ouvinte não apenas sentimentos e sensações, mas re flexão crítica sobre as origens econômicas (capitalismo e generalização da forma mercadoria) e sociais (preconceito e segregação racial) dessa violência, e sobre a sua conseqüência inevitável (a morte Paulo, p. 166-180,2004. r-169
O artigo analisa alguns recursos poéticos e musicais dos raps “Hey Boy”(1990), “Homem na estrada” (1993), “Capítulo 4, versículo 3” (1997) e “Negro drama”(2002) e busca identifi car elementos para a crítica da estética do Racionais MC’s.
O artigo analisa alguns recursos musicais e poéticos do rap "Fim de semana no Parque" (1993) e busca interpretar aspectos da crítica feita pelos Racionais MC's à vida na cidade de São Paulo e no Brasil.
The article analyses some musical and poetical techniques of the rap "Fim de semana no Parque" (1993) and means to study some critical aspects made by Racionais MC's about the life in São Paulo city and in Brazil
Sabe-se que não é tarefa fácil interpretar toda a obra de Chico Buarque de Holanda -canções, peças teatrais e romances, sem contar uma novela -, tendo ainda a preocupação de valorizar "algumas passagens marcantes" da vida do artista, celebrando os 60 anos que ele então completava, em um livro de bolso. E é prudente que um projeto assim, seja quais forem seus acertos ou lacunas, se anuncie como "uma tentativa parcial de interpretação do autor e sua obra" (p. 9). Penso que talvez se possa comparar sua realização a um traçado cartográfico: se o texto conseguir, por um lado, recolher as melhores informações de que se dispõe até o momento e, por outro, apontar para desdobramentos de análise possíveis, em outros mapas que se tirem com as minúcias necessárias, terá cumprido bem sua função.Chico Buarque, de Fernando de Barros e Silva, tem precisamente esse caráter, constituindo-se um mapeamento útil e inteligente do tema, em que pese a brevidade própria de um volume da série Folha Explica, em sua ambição de se oferecer tanto "para o leitor geral" como para "quem domina os assuntos" (p.178).Silva afirma, na Apresentação (p. 9), que seu trabalho se sustenta "por uma idéia que de alguma maneira organiza as demais", idéia essa elucidada em seus termos "já no primeiro capítulo": "Sua figura [de Chico] reúne o sonho do compromisso e da identidade entre uma elite esclarecida e um povo que enfim teria encontrado seu lugar e destino. Se há um fio vermelho que atravessa e unifica sua obra imensa e variada é aquele que faz dela ao mesmo tempo registro e memória do 'país da delicadeza perdida'. (...) Sua música é expressão de uma promessa histórica e testemunho de suas sucessivas frustrações" (pp. 16-17).Mais do que para a idéia em si, gostaria inicialmente de chamar a atenção para a forma como ela se constrói. No * Walter Garcia é doutor em Literatura Brasileira pela FFLCH-USP, professor da PUC-SP e músico popular. É autor de Bim Bom: a contradição sem conflitos de João Gilberto (São Paulo: Paz e Terra, 1999).
O artigo estabelece relações entre Morte e vida severina, de João Cabral de Melo Neto, e "Funeral de um lavrador", canção composta por Chico Buarque para a montagem do poema pelo grupo do Teatro da Universidade Católica de São Paulo (Tuca) em 1965, e apresenta algumas questões sobre a canção de protesto composta para teatro, na década de 1960, assim como sobre sua pertinência nos dias de hoje.
resumoO artigo tem por objetivo analisar e interpretar a sonoridade de Encarnado, disco lançado por Juçara Marçal em 2014. Na primeira parte, as relações entre timbres, ritmos, alturas e intensidades das notas são analisadas. Além disso, em perspec tiva interdisciplinar, informações sobre o processo de criação do disco são sistematizadas. Na segunda parte, os materiais sonoros e literários que constituem alguns dos fonogramas, bem como os modos como esses materiais se articulam, são interpretados à luz de impasses atuais da sociedade brasileira.Palavras-chave: canção popular brasileira; Juçara Marçal; Kiko Dinucci; Rodrigo Campos; sociedade brasileira contemporânea.abstract This article aims to analyze and interpret some musical and poetic techniques of Encarnado, a CD released by Juçara Marçal in 2014. In the first part, the paper studies how the musical elements (timbres, polyrhythm, tones and dynamics) were combined into a creative texture. Moreover, from an interdisciplinary view, some information about the musical creation process is systematized. In the second part, the sound and poetic materials that make up some songs and the ways these materials are articulated are interpreted in the light of several impasses of current Brazilian society.
Editorial - O ano de 2022 parece nos convidar para o olho do furacão, com todo o seu caráter celebrativo em torno de efemérides que atualizam e associam 1822, 1922 e 2022. É importante termos atenção, pois, conforme Jacques Le Goff (1990) argumenta, as celebrações têm sido apanágio dos conservadores. Nesses termos, compreendemos que o passado tem sido um tempo decorrido e inerte, o presente, fugaz, e o futuro, um tempo abstrato, ancorado em devir de esperança, progresso, desenvolvimento e revolução. [...]
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